Por Jemima Kelly
KEFLAVIK, Islândia (Reuters) - Marco Streng é um mineiro, embora não carregue uma picareta em sua cidade na Islândia. Em vez disso, ele mantém dezenas de milhares de computadores funcionando 24 horas por dia na acirrada competição em todo o mundo para ganhar bitcoins.
No mundo da moeda digital baseado na web, não são os bancos centrais que criam novos recursos ao sistema, mas computadores como o de Streng, no qual são concedidos bitcoins novas em troca de blocos de processamento das últimas transações.
A bitcoin pode ser usada para enviar dinheiro de forma instantânea em todo o mundo, usando endereços individuais, de forma gratuita, sem necessidade de cheques de terceiros, e é aceito por vários grandes varejistas online.
O trabalho dos computadores de Streng e de outros serve a dois propósitos: gravar e verificar as cerca de 225 mil transações diárias cm bitcoin e - porque ganham novas bitcoins para o trabalho - aumentar progressivamente a moeda em circulação, atualmente no valor de cerca de 10 bilhões de dólares.
O processo é conhecida como a "mineração", porque é lento e intenso, colhendo uma recompensa gradual da mesma maneira que os minerais, tais como o ouro, extraídos no solo.
Mas no sábado a recompensa para os caçadores será reduzida pela metade. Escrita em código quando inventada em 2008, a bitcoin tem uma regra que dita que o prêmio será reduzido à metade a cada quatro anos, passo projetado para manter limite sobre a inflação das moedas virtuais.
Isso significa que só as empresas de 'mineração de bitcoins' com operações mais enxutas sobreviverão à queda no lucro.