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Cameron defende veto a tratado europeu sem apoio de seu vice

Publicado 12.12.2011, 17:43
Atualizado 12.12.2011, 18:28

Ramón Abarca.

Londres, 12 dez (EFE).- O chefe do Governo britânico, David Cameron, defendeu nesta segunda-feira no Parlamento sua decisão de excluir o Reino Unido de um futuro tratado europeu com o apoio sem ressalves de seu partido, as críticas da oposição e a chamativa ausência do vice-primeiro-ministro, Nick Clegg.

Em seu primeiro e muito esperado discurso desde sexta-feira passada, quando rejeitou um futuro tratado da União Europeia em Bruxelas, o conservador Cameron garantiu que comparecei à cúpula de "boa fé" na busca por um acordo com o resto dos países, mas que a defesa dos interesses britânicos tornou sua rejeição inevitável.

O debate foi marcado pela ausência do líder dos liberal-democratas e vice-primeiro-ministro, que se tornou evidente desde o primeiro momento, quando os deputados trabalhistas gritavam: "Onde está Clegg?".

O vice-primeiro-ministro explicou mais tarde que tomou a decisão de se ausentar do debate para não chamar atenção e insistiu que não concorda com Cameron em sua decisão de "isolar o Reino Unido", o que disparou as especulações sobre as tensões no Governo de coalizão de conservadores e liberal-democratas.

Em uma acalorada sessão de 90 minutos, que o presidente da Câmara teve que interromper em várias ocasiões para impor ordem, Cameron se mostrou convencido e contundente, apesar das duras críticas da oposição que o acusaram de satisfazer o setor mais duro de seu partido.

O primeiro-ministro chegou ao Parlamento fortalecido pelos populares tablóides que o consideram um herói dos interesses do Reino Unido e pesquisas comprovam como quase 60% dos britânicos apoiam sua histórica e transcendente decisão.

"Era necessário escolher um tratado sem salvaguardas ou nenhum tratado", comentou Cameron, o único líder europeu que ficou à margem de um acordo respaldado por 26 dirigentes da UE.

O primeiro-ministro, que insistiu que as reivindicações que fez em Bruxelas foram "modestas, razoáveis e relevantes", negou que o Reino Unido perderá sua influência e assegurou que seu país segue comprometido com sua pertinência ao bloco.

O debate de hoje evidenciou, além disso, que Cameron conta com o respaldo unânime de seu partido, principalmente do setor mais euro-cético, que o incentivou em repetidas ocasiões.

No entanto, na Câmara dos Comuns a oposição criticou Cameron duramente.

Ed Miliband, líder dos trabalhistas, o acusou de cometer o maior erro "em uma geração" para o Reino Unido, pois o país perdeu "sua cadeira na mesa" de negociação da Europa, o que terá consequências na economia e no emprego.

As críticas a Cameron vieram também do carismático e popular primeiro-ministro escocês, Alex Salmond, que o acusou de prejudicar a Escócia e de atuar com "torpeza" ao rejeitar um novo tratado europeu.

O líder independente enviou uma carta ao primeiro-ministro na qual critica sua negociação na cúpula de Bruxelas e o acusa de ter mudado a "relação" do Reino Unido com a UE sem consultar as administrações de Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.

A Confederação da Indústria britânica também demonstrou hoje sua preocupação pela postura de Londres na Europa e lembrou que 40% do comércio britânico é realizado com a eurozona e pediu ao Governo que "redobre seus esforços" para assegurar que o Reino Unido não sai prejudicado desta situação.

A decisão de Cameron teve como consequência um aumento das tensões entre os dois partidos do Governo de coalizão, conservadores e liberal-democratas, que têm posturas antagônicas em relação à Europa, algo que ficou evidente com a ausência do vice-primeiro-ministro.

Nesse sentido, Clegg fez uma declaração televisada após o debate para negar que sua ausência do Parlamento signifique uma crise em uma coalizão "que está aqui para ficar".

"Deixei claro que o isolamento na Europa, onde fomos um contra 26, é potencialmente ruim para os empregos, o crescimento e a vida de milhões de pessoas deste país", disse Clegg, em total desacordo com seu parceiro no Governo. EFE

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