Bruxelas, 28 fev (EFE).- A maior parte dos 10 mil cidadãos europeus que se encontrava na Líbia no início da crise já deixou o país, mas cerca de 650 ainda estão esperando para ser evacuados, informou nesta segunda-feira a Comissão Europeia (órgão executivo da UE).
A comissária europeia de gestão de crises, Kristalina Georgieva, disse em entrevista coletiva que muitas dessas pessoas se encontram em áreas de difícil resgate.
Segundo dados da Comissão Europeia, cerca de 100 mil pessoas já deixaram a Líbia desde que teve início a crise, e a pressão continua sendo muito forte nas fronteiras entre o Egito e a Tunísia.
"Há 1,5 milhão de estrangeiros na Líbia. É provável que a maior parte tente sair em busca de segurança", afirmou Kristalina.
Segundo ela, a maior parte deles tenta sair através dos países fronteiriços.
"É lá onde nossa atenção deve estar agora", ressaltou a comissária europeia.
Na semana passada, a comissão europeia aprovou um primeiro pacote de assistência humanitária de três milhões de euros, o máximo que pode liberar de forma imediata, mas, em breve, deve oferecer uma "ajuda muito significativa".
"As necessidades são grandes e estão crescendo muito rápido", disse Kristalina, quem destacou as dificuldades que a UE está sofrendo para ter informação precisa sobre a situação no país.
Os membros da UE estão tentando atualmente estabelecer contatos com os rebeldes que tiraram do regime de Muammar Kadafi o controle de parte do país, afirmou a porta-voz da chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton.
Kristalina ressaltou que a Europa se prepara para o pior: "um grande número de vítimas, insegurança durante um período prolongado e contágio a outros países". EFE