Pequim, 4 fev (EFE).- A China disse aos Estados Unidos para não
atribuir à cotação do iuane o déficit americano, em resposta ao
anúncio do presidente Barack Obama de que Washington adotará uma
atitude comercial mais dura em relação a Pequim, em uma nova
escalada de tensão entre as duas potências.
"As acusações falsas e as pressões não ajudarão a solucionar o
problema", afirmou hoje o porta-voz da Chancelaria chinesa, Ma
Zhaoxu.
Em entrevista coletiva, o funcionário declarou que "o câmbio do
iuane nunca foi a principal causa do déficit dos EUA".
Ontem, Obama disse aos senadores do Partido Democrata que
"pressionará continuamente" a China para que cumpra seus acordos
comerciais.
A declaração do chefe de Estado americano foi feita quatro dias
depois de as relações entre os dois países terem ficado estremecidas
com os planos dos EUA de vender armas a Taiwan.
O anunciado encontro entre Obama e o dalai lama, o líder
espiritual tibetano, e os problemas do Google com a censura chinesa
foram outros fatores que elevaram a tensão entre os dois Governos.
Nesse contexto, Obama criticou a cotação de algumas moedas, como
a do iuane chinês, que Pequim mantém artificialmente baixo para,
segundo Washington, para fortalecer as exportações.
"A estabilidade do iuane é nossa principal tarefa", retrucou hoje
o porta-voz da Chancelaria chinesa, que disse esperar que Obama
aborde este e outros assuntos com "objetividade e justiça". EFE