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Chineses supersticiosos evitam o altar durante o Ano do Tigre

Publicado 31.01.2010, 10:05

Eva Garrido.

Pequim, 31 jan (EFE).- Ano de viúva para ela, prejuízos para ele, separações ou filhos desafortunados são algumas consequências que os chineses supersticiosos temem ao se casarem durante o Ano do Tigre, que começa no dia 14 de fevereiro junto com o Ano Novo e a Festa da Primavera.

Os chineses se preparam estes dias para a chegada de sua grande celebração anual, popularmente conhecida como Festa da Primavera, que abre passagem para o começo do ano segundo o calendário lunar, simbolizado sempre com um dos 12 animais do zodíaco chinês, que desta vez será o tigre.

O Ano Novo chinês começa depois que se inicia o período chinês da estação da primavera, que começa regularmente no dia 4 de fevereiro, e que, segundo a crença, é uma época de predomínio Yang (de energia masculina) contra o Ying (energia feminina).

Por isso, o Ano zodiacal do Tigre, que terminará em 2 de fevereiro de 2011, dois dias antes da época primaveril seguinte, não contará com energia Yang.

Para as mulheres chinesas isso é sinônimo de "ano da viúva", para os homens chineses significa prejuízos para sua pessoa, e para ambos é equivalente a uma separação ou a ter filhos desafortunados.

Assim, enquanto a maioria prepara os últimos toques da festividade, como retornar a seus lares ou se abastecer com rojões para afugentar os maus espíritos, alguns casais também correm ao registro civil para casarem antes do dia 14 de fevereiro.

Este é o caso de Yan Feng, de 23 anos, quem foi com seu companheiro ao registro civil antes da mudança do zodíaco porque, segundo explicou à Agência Efe, sua família embora não seja supersticiosa disse que como existe o ditado, é possível que algo aconteça.

"Se casar depois do dia 14 de fevereiro e acontecer alguma coisa, as pessoas jogariam a culpa nisso", acrescentou Yan.

A moradora de Pequim nasceu em 1986, por isso que, segundo o zodíaco chinês, é tigre e assegurou que os chineses acham que também não podem se casar no ano cujo animal coincida com o seu e que por isso também se casou antes da Festa de Primavera.

Outra jovem chinesa da província de Hainan (sul da China), He Yue, de 24 anos, disse à Efe que esta superstição é uma "crença tradicional" dos pais.

"Eles acreditam que se nos casarmos neste ano depois do dia 14 de fevereiro e nos acontecer algo de ruim durante o casamento a causa é que contraímos casamento em um ano sem primavera. A maioria das pessoas acredita nisto", contou He.

Os pais de Zhang Fan, de 26 anos, da província de Shandong (leste da China), também professam esta crença.

"Para mim tanto faz", confessou Zhang à Efe para acrescentar: "Mas acho que minha mãe acredita nestas coisas, então seguirei seu conselho porque ela tem mais experiência da vida e não quer ter dúvidas sobre o futuro da minha vida".

O professor da Faculdade de Sociologia na Universidade de Pequim Xia Xue Luan disse à Efe que a crença "não tem nenhum fundamento científico".

"Talvez no passado sim houvesse casos que coincidiram com esse ditado e por isso o povo acredita e o transmite, mas é apenas um costume folclórico", explicou Xia.

Além disso, este professor considera a possibilidade de que as futuras gerações não continuem achando nessa superstição porque "os costumes se transformam segundo a passagem do tempo".

Isto já acontece hoje em dia, pois He tem dois amigos que se casarão durante o Ano do Tigre porque, assegurou, "não são influenciados por seus pais".

A superstição está presente na vida diária do povo chinês com crenças que preveem sorte ou azar, como ter um número de celular com muitos 'oitos', porque este número significa fortuna, ou pular do 'três' para o 'cinco' nos botões de um elevador, porque o 'quatro' é sinônimo de má sorte.

Os jovens, de vontade própria ou influenciados por sua família, só devem se casar depois do dia 3 de fevereiro de 2011 se não conseguiram dizer 'sim' antes deste 14 de fevereiro. EFE

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