Berlim, 9 nov (EFE).- Com uma missa ecumênica na igreja de
Gethsemane, à qual assistiram o presidente alemão, Horst Köhler, e a
chanceler Angela Merkel, entre outros, começaram na manhã de hoje os
atos comemorativos pelos 20 anos da queda do Muro de Berlim.
Pouco depois da celebração, o prefeito de Berlim, Klaus Wowereit,
visitou a Capela da Reconciliação junto ao antigo posto fronteiriço
de Bernauer Strasse, onde foram acesas dúzias de velas em memória
das pessoas que morreram ao tentar atravessar o Muro de Berlim para
fugir para o lado ocidental.
No mesmo local também foi inaugurado um centro de informações
sobre o Muro com imagens e vídeos sobre a estrutura.
Os atos para comemorar o 20º aniversário terminarão na noite
desta segunda-feira com a "Festa da Liberdade" em frente ao Portão
de Brandemburgo, à qual foram convidados diversos líderes de Estado
e de Governo de todo o mundo.
Em nome das quatro potências aliadas que repartiram Berlim após a
Segunda Guerra Mundial estarão presentes os presidentes da Rússia e
da França, Dmitri Medvedev e Nicolas Sarkozy; o primeiro-ministro do
Reino Unido, Gordon Brown; e a secretária de Estado americana,
Hillary Clinton.
Também assistirão ao evento os presidentes da Comissão Europeia,
José Manuel Durão Barroso; e do Parlamento Europeu, Jerzy Buzek,
além dos chefes de Estado ou primeiros-ministros dos 27
países-membros da União Europeia.
Antigos estadistas, como o ex-presidente soviético Mikhail
Gorbachov, também foram convidados ao evento.
A festa contará com a apresentação de bandas alemãs e
internacionais, como a banda Bon Jovi ou o DJ Paul Van Dyck, entre
outros.
O ato solene terminará com a derrubada de uma simbólica cadeia de
peças gigantes de dominó de 1,5 quilômetros de comprimento ao longo
do traçado do antigo Muro de Berlim, pintadas por diferentes
artistas e estudantes para lembrar o fim da divisão da cidade, da
Alemanha e da Europa.
Simultaneamente, milhares de pessoas formarão uma corrente humana
de 33 quilômetros ao longo da antiga divisa entre os setores
oriental e ocidental. EFE