Brasília, 7 dez (EFE).- A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou nesta terça-feira a nomeação de Alexandre Tombini como novo titular do Banco Central, como indicado pela presidente eleita Dilma Rousseff, informaram fontes oficiais.
O nome sugerido por Dilma, que vai assumir a Presidência do Brasil em 1º de janeiro, foi apoiado por 22 dos 23 senadores da comissão e para que seja definitivamente ratificada só falta que seja discutida e aprovada pelo plenário do Senado.
Tombini que substituirá no cargo Henrique Meirelles, quem está no cargo desde 1º de janeiro de 2003, compareceu nesta terça-feira à Comissão de Assuntos Econômicos, diante da qual explicou seus planos em caso que sua nomeação seja confirmada.
"Vamos garantir o poder de compra do real, que é uma conquista da sociedade brasileira" e fixar como "prioridade o mais estrito controle da inflação", sustentou Tombini, economista de 46 anos que atualmente é diretor de Normas e Organização do Sistema Financeiro do Banco Central, no qual trabalha desde 1998.
Para Tombini, manter controlada a inflação é o principal "compromisso" colocado por Dilma nas conversas que os dois tiveram antes de 27 de novembro, quando a presidente eleita sugeriu seu nome.
O economista colocou a necessidade de avançar em direção à "inclusão financeira", de modo que o sistema bancário incorpore às camadas mais pobres da sociedade.
"Quando maior for o número de pessoas que utilizam e tem acesso ao mercado financeiro, mais eficaz será a política monetária", afirmou.
Tombini considerou que o Brasil deve manter o processo de fortalecimento de suas reservas internacionais, as quais situou nesta terça-feira em US$ 286,674 bilhões, o que considerou como um "nível moderado".
Explicou que essa soma representa menos de 15% do Produto Interno Bruto (PIB) e comparou a situação com os casos da China e Rússia, nos quais indicou que as reservas representam, respectivamente, 40% e 21% do PIB.
Segundo Tombini, o fortalecimento das reservas deve ser uma "constante", pois representa o melhor "escudo" para proteger o país de um eventual recrudescimento da crise financeira global que ainda gera sérias turbulências nos países mais desenvolvidos. EFE