Bruxelas, 23 ago (EFE).- A Comissão Europeia (CE) aprovou a tomada de controle conjunta do negócio global de gestão de ativos do Banco Santander, Santander Asset Management, por parte da entidade espanhola e das firmas americanas de capital de risco Warburg Pincus e Geral Atlantic, informou nesta sexta-feira a instituição.
O departamento que é dirigido pelo comissário europeu para Concorência, Joaquín Almunia, determinou que a operação não deixa dúvidas em matéria de concorrência, dado que o Warburg Pincus e a Geral Atlantic atualmente não controlam nenhuma empresa ativa na gestão de ativos na Europa, indicou o Executivo comunitário.
Além disso, a CE também não considera prejudicial para a concorrêncioa qualquer possível vínculo vertical entre as duas entidades americanas e o Santander Asset Managemente, dada a presença de muitos outros rivais no mercado afetado.
O Banco Santander alcançou em maio um acordo para vender 50% de sua gestora de ativos às duas firmas de capital de risco, uma operação que gerará acréscimos líquidos de 700 milhões de euro, de acordo com a informação enviada então à Comissão Nacional do Bolsa de Valores (CNMV).
O objetivo desta operação era "impulsionar o desenvolvimento global de sua unidade de gestão de ativos".
Tal como se estabelece no acordo, o Warburg Pincus e a Geral Atlantic controlarão 50% do grupo que integrará as 11 gestoras do Santander Asset Management, principalmente na Europa e América Latina, enquanto os outros 50% ficarão em mãos da entidade financeira.
O acordo representa valorizar a unidade de gestão de ativos do banco espanhol em 2,04 bilhões de euros e a operação será fechada no final de ano.
O objetivo do Banco Santander é duplicar seu volume de negócios nos próximos cinco anos. Atualmente, a entidade opera com ativos no valor de 152 bilhões de euros.
Segundo explicou a entidade presidida por Emilio Botín, Warbug Pincus administra mais de US$ 40 bilhões, enquanto a Geral Atlantic tem ativos no valor de US$ 17 bilhões.
Graças a este acordo, o Santander ampliará a distribuição de seus produtos além daqueles países onde tem rede comercial, de acordo com informações divulgadas pela entidade. EFE