Bruxelas, 13 set (EFE).- A Comissão Europeia (órgão executivo da
União Europeia) elevou hoje suas previsões de crescimento para 2010
na zona do euro e da UE para 1,7% e 1,8% respectivamente (contra
0,9% e 1% estimados anteriormente).
O Executivo comunitário argumentou a "notável revisão para cima"
e "o crescimento particularmente forte vivido no segundo trimestre
do ano", especialmente na Alemanha, "alimentado por uma demanda
interna que não estava prevista".
Tudo isto permite ao comissário de Assuntos Econômicos e
Monetários, Olli Rehn, assegurar que "a economia europeia está
claramente no caminho de recuperação, de uma maneira mais
consolidada do que o previsto no primeiro trimestre". Além disso, "a
recuperação da demanda interna é um bom presságio para o mercado do
emprego".
O Executivo comunitário avisa que se mantêm algumas "incertezas"
no horizonte, mas descartou uma nova recessão.
A entidade alertou para uma série de riscos que continuam
ameaçando a recuperação, como uma demanda externa menor do que
esperado, novas tensões sobre os mercados financeiros e o efeito
sobre o crescimento dos programas de saneamento fiscal empreendidos
pelos países.
Neste sentido, Rehn garantiu que a salvaguarda da estabilidade
financeira e os programas de saneamento das finanças públicas devem
seguir sendo as prioridades dos 27, complementadas com o início das
reformas estruturais para "melhorar o potencial de crescimento" e
aumentar o emprego.
O Executivo comunitário alertou hoje sobre a "desigualdade"
refletida nas previsões entre os países, que refletem "as diferenças
entre as estruturas de produção, a amplitude dos desafios de
adaptação e o reequilibrio contínuo no seio da UE e a zona do euro".
Espanha será a única das grandes economias que continuará em
recessão em 2010, embora a Comissão Europeia tenha melhorado sua
estimativa econômica já que prevê redução do PIB de 0,3%, frente à
queda de 0,4% na anterior previsão.
O PIB da Alemanha e da Polônia aumentará em 3,4% nos dois países,
contra 1,2% e 2,7% anteriormente previstos, respectivamente.
A Comissão Europeia ampliou as perspectivas de crescimento para
os demais países e prevê que a economia da Holanda se expandirá
1,9%; a da França, 1,6%; a da Itália 1,1% e a do Reino Unido 1,7%.
Com relação à inflação, o outro indicador incluído no relatório,
as previsões permanecem estáveis para 2010, em 1,8% para a UE e em
1,4% para a zona do euro. EFE