Comissão Europeia quer facilitar imigração legal do norte da África

Publicado 18.11.2011, 13:04

Bruxelas, 18 nov (EFE).- A Comissão Europeia apresentou nesta sexta-feira um plano para melhorar a mobilidade entre a União Europeia (UE) e vários países vizinhos e do sul do Mediterrâneo - como o Egito, Marrocos e Tunísia -, para facilitar a organização da imigração legal.

A comissária europeia de Assuntos Internos, Cecilia Malmström, explicou em entrevista coletiva a reforma da estratégia europeia sobre migração, que tem o objetivo de aumentar a cooperação entre a Europa e seus vizinhos diretos, principalmente os do norte da África.

Cecilia descartou a possibilidade de patrulhas marinhas europeias navegarem pelo litoral de outros países para frear a imigração ilegal.

Apesar de ter considerado positivo que a agência europeia de fronteiras, a Frontex, coopere com agentes fronteiriços de outros países, a comissária destacou que a maioria dos governos "não se mostra favorável" à atuação de forças de outros Estados em seu território.

"Apesar do alto desemprego, a UE aumentará sua demanda de trabalhadores estrangeiros", assinalou Cecilia.

Na opinião da comissária, o bloco europeu deve fortalecer os mecanismos de controle de entrada de imigrantes e aumentar "a concorrência para captar talentos" entre os trabalhadores estrangeiros.

Cecilia destacou que o setor de saúde europeu precisará de cerca de 2 milhões de trabalhadores nos próximos anos, apesar de afirmar que o número exato de estrangeiros necessários dependerá da evolução de cada país da UE.

"Hoje existe muita burocracia para entrar e queremos atrair os trabalhadores que possam ajudar a desenvolver nossa economia", acrescentou.

A Comissão Europeia oferecerá acordos de mobilidade aos países que fazem fronteira terrestre com a UE, além do Egito, Marrocos e Tunísia.

Esses acordos permitem estabelecer um marco político básico sobre a cooperação entre a Europa e outros países para organizar os fluxos migratórios e promover a imigração documentada por meio de facilidades na obtenção de vistos e tratados de readmissão.

A medida afetará, segundo a comissária, não somente os trabalhadores, mas também outros grupos, como os estudantes.

A Comissão também proporá a esses países a criação de centros de recursos humanos para promover o contato de pessoas que procuram emprego e empresas que precisam de funcionários.

Nesta sexta-feira, a Comissão Europeia lança ainda um portal sobre imigração para ajudar futuros imigrantes a "tomarem decisões mais realistas" e se informarem antes de ir para a UE.

A página (http://ec.europa.eu/immigration/) está disponível em inglês e francês e em breve disponibilizará também versões em espanhol e árabe.

A Comissão também renovará as políticas de asilo internacional com uma renovação das capacidades de proteção a refugiados políticos.

A comissária afirmou que este é o momento correto para apresentar essa reforma, que até o momento contou com a oposição da maioria dos Estados-membros, que se opõem à facilitação da obtenção de vistos de trabalho na Europa.

Desde 2005, a Comissão Europeia destinou 800 milhões de euros a vários programas sobre imigração. EFE

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