Bruxelas, 21 nov (EFE).- A Comissão Europeia recebeu oficialmente nesta segunda-feira a solicitação de ajuda do Governo húngaro e estudará o pedido, informou o porta-voz comunitário para Assuntos Econômicos e Monetários, Amadeu Altafaj.
De acordo com a Comissão Europeia, as autoridades húngaras afirmaram que qualquer empréstimo que receba por parte da União Europeia será tratado como ajuda preventiva.
"A Comissão Europeia estudará a solicitação em estreita colaboração com os Estados-membros da UE e do Fundo Monetário Internacional (FMI)", afirmou Altafaj.
Já voltou a Bruxelas a missão que esteve durante duas semanas em Budapeste para supervisionar as contas da Hungria, depois que o país recebeu ajuda financeira em 2008.
A Hungria se beneficiou de um mecanismo comunitário de ajuda financeira a médio prazo que permite a concessão de empréstimos a um ou vários Estados-membros que passem por dificuldades ou graves ameaças em seu balanço de pagamentos por conta corrente ou em sua balança de capital.
Somente Estados-membros que não adotaram o euro podem se beneficiar deste mecanismo. O Ministério da Economia da Hungria informou que a crise na zona do euro dificulta o financiamento da Hungria nos mercados e que iniciou negociações para receber ajuda econômica por parte da UE e do FMI.
"Trata-se de um acordo de novo tipo, não um empréstimo, mas um seguro, com o qual aumentamos a segurança dos investimentos na Hungria", afirmou o Ministério, que não especificou os detalhes do acordo, enquanto a imprensa econômica local se refere a um crédito "stand by" (de disposição imediata).
A medida do Governo foi necessária para tranquilizar os mercados. Apesar dos esforços do Governo por reduzi-la, a dívida húngara se situa atualmente em 82% do Produto Interno Bruto, por causa da queda do valor do forinte dos últimos meses.
A Hungria é um dos países mais afetados pela crise financeira e econômica mundial, e recebeu em outubro de 2008, ainda sob o governo social-democrata anterior, um crédito de cerca de 20 bilhões de euros do FMI e da UE para evitar a quebra. EFE