Frankfurt (Alemanha), 20 jan (EFE).- O Conselho Europeu de Risco Sistêmico, uma nova instituição criada para vigiar a estabilidade do sistema financeiro na Europa, estabeleceu nesta quinta-feira seus procedimentos de supervisão.
Em seu encontro de inauguração, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, disse que o regulamento será publicado nos próximos dias no site da instituição e ao longo do mês de fevereiro no Jornal Oficial da União Europeia.
Tal organismo de supervisão, com sede em Frankfurt, foi criado como parte da estratégia para evitar novas crises financeiras como a atual, que explodiu em agosto de 2007 e se intensificou em setembro de 2008 com a quebra de Lehman Brothers.
Seus especialistas observarão a evolução das economias e o sistema financeiro da União Europeia (UE) para detectar possíveis erros permanentes e emitir a tempo sinais de alerta e recomendações para evitar novas crises.
Trichet também presidirá o novo organismo que ainda não definiu o modo no qual apresentará os alertas e recomendações levando em conta que a reação dos mercados pode ser forte.
A instituição também contará com o governador do Banco da Inglaterra, Mervyn King.
Trichet assegurou que o novo organismo não vai substituir às autoridades de supervisão financeira nacionais.
O Conselho elegeu ainda os membros de seu comitê de Governo por três anos: o governador do Bank Polski (banco central da Polônia), Marek Belka, o governador do Banco da Itália, Mario Draghi, o governador do Banco Central do Chipre, Athanasios Orphanides, e o presidente do Bundesbank (banco central da Alemanha), Axel Weber.
O órgão intervirá duas vezes ao ano no Parlamento Europeu, segundo disse Trichet, cujo mandato como presidente deste novo organismo encerra quando finalizar seu mandato como presidente do BCE em outubro deste ano.
Trichet fez insistência em que o ESRB é um organismo independente do BCE e que seu mandato principal é identificar os riscos para o conjunto do sistema financeiro europeu, enquanto o mandato do BCE é garantir a estabilidade de preços. EFE