Cartagena (Colômbia), 15 abr (EFE).- A 6ª edição da Cúpula das Américas foi encerrada sem declaração final por falta de consenso, anunciou neste domingo o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, que ressaltou que este fato não significa "um fracasso".
Santos ainda apresentou os principais resultados da reunião continental de dois realizada em Cartagena, que, por sua vez, esteve marcada pelas diferenças entre América Latina e EUA e Canadá diante de temas como Cuba e Malvinas.
Segundo Santos, a Cúpula foi concluída com "compromissos" firmados em alguns temas e três comunicados sobre temas específicos que não se referem aos assuntos que aqueceram os debates ontem e hoje.
O resultado mais concreto, segundo o anunciado, é a decisão de dar um mandato à Organização dos Estados Americanos (OEA) para que analise um possível replanejamento da luta contra o tráfico de drogas. A medida busca melhores resultados após 40 anos de guerra frontal.
Além disso, a cúpula emitiu três comunicados sobre temas específicos, os quais não abordam a presença de Cuba na lista de participantes das próximas cúpulas das Américas e nem um apoio à reivindicação argentina sobre a soberania das Malvinas.
Os comunicados fazem referência a um apoio à reunião sobre meio ambiente Rio+20, a pedido do Brasil e da Argentina, outro sobre o crime organizado internacional, pelo México, e outro sobre um fórum de competitividade regional, defendido pela Colômbia.
Santos ainda batizou esta cúpula como a do "diálogo e da sinceridade", ressaltando que não houve nenhum "tema escondido".
Em relação à Cuba, o presidente colombiano disse que pela primeira vez a maioria dos países se manifestaram a favor de integrar esse país nas futuras reuniões. Sobre o tema das Malvinas, Santos defendeu uma solução pacífica e negociada ao conflito entre Argentina e Reino Unido. EFE