Brasília, 6 jun (EFE).- A presidente Dilma Rousseff ressaltou nesta segunda-feira os esforços da Venezuela para impulsionar a integração regional, incluindo os acordos com a Colômbia em prol da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e de Honduras.
Além disso, a governante reafirmou a disposição do Brasil de apoiar qualquer iniciativa para transformar a América do Sul em uma região de paz e democracia.
Ao receber nesta segunda-feira em Brasília ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, Dilma afirmou que Brasil e Venezuela se unem na intenção de fazer da América do Sul um espaço de paz, democracia, desenvolvimento e respeito dos direitos humanos.
A governante disse que o Brasil aguarda com grande expectativa a entrada da Venezuela no Mercosul, que depende apenas da ratificação do Congresso do Paraguai, e lembrou os resultados dos esforços venezuelanos para impulsionar ainda mais a Unasul e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e do Caribe (Celac).
Nesse sentido, destacou o acordo dos dois países andinos para compartilhar a secretaria da Unasul em seu primeiro ano de vida e as gestões de Colômbia e Venezuela para permitir o retorno do ex-presidente Manuel Zelaya a Honduras, que facilitou a reincorporação do país à Organização dos Estados Americanos (OEA).
Além disso, Dilma felicitou Chávez pelo processo de consolidação da Celac durante a cerimônia de assinatura de vários acordos entre ambos.
A governante lembrou que a criação definitiva da Celac está prevista para os dias 5 e 6 de julho em Caracas, onde será realizada uma cúpula de chefes de Estado dos países da região.
A Celac é um novo organismo que surgirá da união da Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração e Desenvolvimento (Calc) e do Grupo do Rio, e que acrescenta todos os membros da OEA com exceção de Estados Unidos e Canadá.
A presidente brasileira disse que Brasil e Venezuela têm um papel fundamental na integração regional e acrescentou que os países da região já avançaram significativamente na criação de um ambiente de harmonia.
Dilma também afirmou que ela e Chávez olham com muita esperança o futuro da região e que eles têm certeza de que construirão países desenvolvidos e democráticos.
Sobre as relações bilaterais, Dilma destacou a intenção do país de aumentar as importações de produtos venezuelanos para tentar equilibrar uma balança comercial propícia ao Brasil.
A presidente acrescentou que, para o equilíbrio da balança, será fundamental um dos acordos assinados nesta segunda-feira e pelo qual o Brasil se esforçará para aumentar as compras de diesel, ureia e outros produtos da companhia petrolífera venezuelana PDVSA.
Após sua visita ao Brasil, Chávez partirá para o Equador e, antes de retornar a Caracas, fará uma escala em Cuba, tal como tinha previsto no final de maio passado, quando cancelou sua viagem devido a uma forte inflamação em seu joelho esquerdo. EFE