Ação da B3 escolhida por IA avança 7% na semana; alta no ano acima de 200%
Por Fabricio de Castro
SÃO PAULO (Reuters) - Após se manter muito próximo da estabilidade pela manhã, o dólar ganhou força ante o real no início da tarde desta quarta-feira e fechou a sessão em leve alta, repercutindo a notícia de que os Estados Unidos consideram restringir exportações de software para a China.
Com os investidores também atentos à questão fiscal brasileira, o dólar à vista terminou com leve alta de 0,14%, aos R$5,3976. No ano, porém, a divisa acumula queda de 12,65%.
Às 17h03 na B3 o dólar para novembro -- atualmente o mais líquido no Brasil -- subia 0,16%, aos R$5,4090.
Em um dia de agenda esvaziada de indicadores econômicos, o dólar oscilou em margens estreitas pela manhã no Brasil, sem uma tendência firme, enquanto no exterior a moeda norte-americana sustentava ganhos ante boa parte das divisas.
No início da tarde, porém, a moeda norte-americana ganhou força no Brasil, em movimento intensificado após reportagem da Reuters informar que o governo Trump considera um plano para restringir exportações de software para a China, de laptops a motores a jato. A medida seria uma possível retaliação dos EUA após o país asiático anunciar barreiras para vendas de terras raras.
Às 13h32, pouco depois da publicação da reportagem, o dólar à vista atingiu a cotação máxima intradia de R$5,4143 (+0,45%).
Operador ouvido pela Reuters pontuou que a moeda norte-americana ganhou força no Brasil após a notícia sobre o embate entre EUA e China, "e não voltou mais".
Naquele momento, o dólar também ganhou força ante outras divisas de países emergentes.
“Essa esticada que nos trouxe para a máxima intradia de R$5,41 veio bem alinhada com o movimento de piora lá em Nova York, e também em linha com um movimento de valorização do dólar perante outras moedas emergentes”, disse o diretor da assessoria FB Capital, Fernando Bergallo.
De fato, logo depois das 13h30 o índice de ações Dow Jones passou a ceder com mais intensidade em Nova York. “E o peso mexicano e o rand também estão se desvalorizando”, acrescentou Bergallo.
Ainda assim, o dólar fechou o dia apenas com uma alta leve ante o real, com os investidores atentos aos esforços do governo para equilibrar o Orçamento de 2026.
Na terça-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Executivo enviaria ao Congresso ainda naquele dia dois projetos de lei tratando dos principais temas da medida provisória 1303, sobre tributação de aplicações financeiras.
A MP, considerada crucial pelo governo para equilibrar o Orçamento de 2026, perdeu a validade no início deste mês após ser retirada da pauta de votação da Câmara dos Deputados.
No entanto, as propostas ainda não foram apresentadas ao Congresso.
Em viagem à Ásia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode se reunir com o presidente dos EUA, Donald Trump, no próximo domingo na Malásia, conforme relatos da imprensa. Os dois participarão da cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean). O encontro, porém, ainda não tem confirmação oficial.
Pela manhã, o Banco Central vendeu 40.000 contratos de swap cambial para rolagem do vencimento de novembro. À tarde, o BC informou que o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de US$1,514 bilhão em outubro até o dia 17.
Às 17h11, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,07%, a 98,908.