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Dólar amplia queda após dados pessimistas dos EUA

Publicado 28.04.2015, 11:51
© Reuters.
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Investing.com – O dólar continuou em ampla queda em relação à cesta das principais moedas mundiais hoje, após dados terem mostrado que a confiança do consumidor norte-americano diminuiu inesperadamente em abril, alimentando as preocupações com a força da economia.

O dólar recuou após o Conference Board ter informado que seu índice de confiança do consumidor caiu para 95,2 em abril, bem abaixo da previsão de 102,5 e abaixo de 101,4 em março.

As expectativas para taxa de inflação foram as mais baixas desde fevereiro de 2007.

O relatório disse que a deterioração da confiança foi devido ao recente fraco desempenho do mercado de trabalho e apreensão quanto às perspectivas de curto prazo.

Os dados foram divulgados ao passo que os investidores aguardavam a declaração de taxas do Banco Central dos EUA (Fed) na quarta-feira para mais indicações sobre quando será o primeiro aumento da taxa pelo banco central.

Recentes relatórios decepcionantes sobre o emprego, vendas de imóveis e produção industrial levaram os investidores a reduzir as expectativas para um aumento das taxas de juros.

Ainda hoje, dados mostraram que os preços de imóveis residenciais apresentaram alta em fevereiro, em comparação com o ano anterior.

O índice de preços de imóveis residenciais da S&P/Case-Shiller subiu a uma taxa anualizada de 5,0% em fevereiro, acima das projeções para uma leitura de 4,7%, após uma alta de 4,6% em janeiro.

O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, caiu 0,53% para 96,39.

EUR/USD subiu 0,52%, para 1,0949, sendo negociado em uma alta de três semanas.

O euro encontrou apoio após o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, ter trocado a equipe responsável pelas negociações com os credores internacionais do país, alimentando o otimismo de que um acordo seja alcançado até o início de maio.

A libra esterlina ampliou os ganhos, com GBP/USD avançando 0,47%, para 1,5310, perto de altas de dois meses.

No início do dia, a libra ficou sob pressão após o Departamento de Estatísticas Nacionais (ONS) do Reino Unido ter dito que o produto interno bruto (PIB) do país expandiu 0,3% nos três meses até março, abaixo de 0,6% no último trimestre de 2014. Foi a menor taxa de crescimento desde o quarto trimestre de 2012.

O consenso entre os economistas era de uma desaceleração mais moderada para 0,5%.

Em uma base anual, a economia do Reino Unido cresceu 2,4%, abaixo das expectativas de 2,6%, após crescimento de 3,0% nos últimos três meses de 2014.

Os investidores também estavam aguardando o resultado das próximas eleições gerais do Reino Unido em 7 de maio, o que poderia resultar em um parlamento dividido e um governo de coalizão instável, o que poderia funcionar como um entrave ao crescimento.

Em outros lugares, o dólar norte-americano caiu em relação ao iene, com USD/JPY caindo 0,13% para 118,88 e ficou estável em relação ao franco suíço com USD/CHF em 0,9547.

Os dólares australiano e neozelandês ainda apresentaram forte alta, com AUD/USD avançando 1,69%, para 0,7989, em uma alta de três meses, e NZD/USD saltando 0,89%, para 0,7714.

Enquanto isso, USD/CAD caiu 0,26%, sendo negociado em baixas de três meses de 1,2054 após o presidente do Banco do Canadá (BoC), Stephen Poloz, ter dito que espera uma forte recuperação no segundo semestre deste ano, impulsionada pela forte demanda dos EUA por exportações não energéticas e um dólar canadense mais baixo.

O Sr. Poloz também disse que a economia canadense muito provavelmente não apresentou nenhum crescimento no primeiro trimestre.

As observações fizeram parte do discurso de abertura do presidente do BoC, a uma comissão de parlamentares na câmara do parlamento canadense.

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