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SÃO PAULO (Reuters) - O dólar segue em baixa ante o real nesta quinta-feira, alinhado ao recuo da moeda ante boa parte das demais divisas no exterior, onde a guerra comercial e a perspectiva de corte de juros pelo Federal Reserve seguiam penalizando a divisa norte-americana.
Às 11h22, o dólar à vista caía 0,61%, aos R$5,4287 na venda.
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento cedia 0,42%, a R$5,4500.
No exterior o dólar recuava ante divisas fortes como o euro e a libra, mas também em relação a divisas de países emergentes como o peso mexicano, o peso chileno e o rand sul-africano.
Às 11h22, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,18%, a 98,492.
O mercado de câmbio brasileiro se alinhou a este movimento, com o dólar se mantendo em baixa ante o real desde o início do dia.
Internamente, destaque para a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que subiu 0,4% em agosto ante julho, na série dessazonalizada, menos que o 0,6% projetado por economistas ouvidos pela Reuters. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 0,1%, enquanto no acumulado em 12 meses registrou um ganho de 3,2%, de acordo com números não dessazonalizados.
O resultado abaixo do esperado, na visão de alguns analistas, sugere continuidade da desaceleração da economia -- algo que está de acordo com o cenário base do próprio BC.
Ainda assim, o discurso de autoridades da autarquia sobre a taxa básica Selic, hoje em 15% ao ano, segue cauteloso. Em evento do UBS BB nesta quinta-feira, em Washington, o diretor de Política Monetária do BC, Nilton David, afirmou que os dirigentes da instituição compreendem que a política monetária atual está mais restritiva do que em ciclos anteriores, e desejam que ela permaneça assim.
"Nós acreditamos que estamos mais restritivos do que em ciclos anteriores... e queremos continuar assim, e ver os efeitos defasados na economia. Esta é a fase em que estamos agora", comentou.
No mercado de câmbio, a avaliação é de que a perspectiva de mais cortes de juros nos EUA, com manutenção da Selic em 15%, segue favorecendo o fluxo de dólares para o Brasil.
(Por Fabrício de Castro)