Investing.com - O dólar continuou fraco frente a uma carteira com outras moedas importantes nesta terça, com as preocupações quanto aos efeitos desestabilizadores das políticas de imigração de Donald Trump ainda gerando aversão a risco.
O índice dólar americano, que mede a força da moeda em relação a uma carteira ponderada de seis das principais moedas do mundo, recuou 0,12%, cotado a 100,31.
Os investidores continuaram cautelosos após o decreto presidencial de Trump, que limita a imigração de sete países de maioria muçulmana, o que causou protestos em larga escala nos EUA e resultou na demissão da procuradora geral Sally Yates após ela ordenar que os advogados do Ministério da Justiça não cumprissem com a ordem.
O dólar registrou queda leve frente ao iene, que é considerado um ativo seguro, com o par USD/JPY operando a 113,67, perto da mínima da madrugada de 113,25.
O iene não mostrou muita reação à decisão de manter a política monetária do Banco do Japão.
O BoJ aumentou sua previsão de crescimento de 1,0% para 1,4% para o ano fiscal que termina em março.
O dólar também permaneceu na defensiva após os números mais fracos do que o esperado para o crescimento dos EUA no quarto trimestre, apresentados na sexta-feira, darem início a especulações de que o Federal Reserve não vá aumentar as taxas de juros muito rapidamente.
O Fed, que fará sua próxima reunião de política nesta quarta, não deve aumentar as taxas de juros, mas os investidores estão ansiosos para ouvir a opinião dos representantes sobre o panorama econômico e sobre o futuro das taxas de juros.
O euro avançou, com o par EUR/USD registrando alta de 0,17%, a 1,0712.
Os investidores aguardam ansiosamente os dados de crescimento do quarto trimestre da zona do euro, que sai mais tarde e deve mostrar um crescimento de 0,4% a 0,3%.
Os dados de inflação e números de desemprego da zona do euro mais atuais também saem hoje.
Enquanto isso, a libra avançou em relação ao dólar, com o par GBP/USD registrando alta de 0,14%, a 1,2503, antes da reunião do Banco da Inglaterra, que acontece nesta quinta.
O BoE deve revisar sua avaliação sobre inflação e crescimento, mas as incertezas quanto ao Brexit devem embaçar o panorama.