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Dólar despenca 1,8% e fecha abaixo de R$ 4,10, mas tem maior alta mensal desde setembro de 2015

Publicado 31.08.2018, 18:11
Atualizado 31.08.2018, 18:11
© Reuters. Notas de dólar dos EUA

Por Claudia Violante

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar terminou a sexta-feira com forte queda, abaixo de 4,10 reais, depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu iniciar nesta sexta-feira o julgamento do registro da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e após alívio com a situação Argentina.

Apesar disso, acumulou forte alta em agosto, a maior desde setembro de 2015, diante das incertezas eleitorais que ainda devem castigar os investidores no mês de setembro, até que a trilha para o futuro ocupante do Planalto esteja mais clara.

O dólar recuou 1,78 por cento, a 4,0724 reais na venda, fechando agosto com valorização de 8,46 por cento. É o maior avanço para um mês desde os 9,33 por cento desde setembro de 2015. Na semana, a moeda cedeu 0,78 por cento.

Nesta sexta-feira, o dólar oscilou entre a mínima de 4,0562 reais e a máxima de 4,1781 reais. O dólar futuro cedia 2,31 por cento.

"O julgamento no TSE pode encerrar hoje o assunto...Mata a chance de Lula aparecer na campanha eleitoral na televisão, que é o medo do mercado", comentou o sócio da assessoria de investimentos Criteria Vitor Miziara.

O TSE havia agendado sessão extraordinária do TSE para esta sexta-feira, mas, incialmente, não havia colocado na pauta qualquer processo ligado à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas decidiu incluir nesta sexta-feira, indicando aos investidores que o imbróglio jurídico eleitoral está perto do final.

Se o TSE vetar a candidatura de Lula, sua capacidade de transferir votos ao seu sucessor, Fernando Haddad, deve diminuir. Sem Lula, e com o início da campanha de rádio e televisão, o mercado, desta forma, espera que o tucano Geraldo Alckmin (PSDB), seu preferido, decole nas intenções de voto.

As últimas pesquisas não só mostram Alckmin patinando, como a possibilidade de o PT ir para o segundo turno, o que levou à reprecificação dos mercados, com dólar e DIs em alta.

Mesmo que o julgamento termine como gostaria o mercado, isso não significa que a trajetória até as eleições será mais suave para os negócios.

"A volatilidade vai continuar. Mercado está bastante voltado para as eleições e há muita coisa incerta", lembrou o operador da corretora Spinelli, José Carlos Amado, ao acrescentar que os investidores esperam mudanças no cenário com a campanha de rádio e televisão.

Nesta sexta-feira, o alívio com a situação argentina também favoreceu o recuo do dólar ante o real, depois que o Fundo Monetário Internacional (FMI) informou que está trabalhando estreitamente com as autoridades argentinas para fortalecer o programa econômico apoiado pelo fundo no país, expressando confiança de que a Argentina superará suas dificuldades atuais.

O governo do país disse na véspera que vai anunciar na segunda-feira um pacote de medidas para reduzir o déficit fiscal do país. O peso estava instável nesta sessão, mas subia ante o dólar no começo da tarde.

Por outro lado, as preocupações com a guerra comercial entre os Estados Unidos e seus parceiros comerciais serviu de contraponto na sessão desta sexta-feira e é outro fator que deve se manter no radar em setembro, influenciando os negócios.

"Somado a isso, temos ainda uma reunião do Federal Reserve, onde os juros devem ser elevados e novas pistas sobre o passo seguinte podem surgir", acrescentou Amado.

A reunião de política monetária do banco central norte-americano acontece em 25 e 26 de setembro e o mercado espera que os juros sejam elevados pela terceira vez neste ano, diante de uma economia bastante robusta.

Já o Banco Central brasileiro rolou integralmente os 2,15 bilhões de dólares em linha (venda de dólares com compromisso de recompra) que venciam em 5 de setembro, com dois leilões nesta tarde.

A autoridade também já sinalizou que deve rolar integralmente os 9,801 bilhões de dólares em swaps cambiais tradicionais, equivalente à venda futura de dólares, que vencem em outubro.

© Reuters. Notas de dólar dos EUA

O BC fará na próxima segunda-feira o primeiro dos leilões para rolagem, com oferta de 10,9 mil contratos. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

O anúncio da rolagem foi feito na quinta-feira, depois que o nervosismo da quinta-feira içou a moeda acima de 4,20 reais e levou o BC a promover uma intervenção extraordinária no câmbio por meio de swaps.

"O BC deu um antitérmico para abaixar a febre do mercado", ilustrou Amado. "O mercado estava muito sensível ontem."

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