Investing.com - A desvalorização do dólar era esperada como um dos temas centrais de 2023, segundo muitos economistas, mas isso só se concretizou nos últimos dois meses.
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De fato, os mercados e o Federal Reserve (Fed, banco central americano) demoraram para se convencer de que a desinflação estava em curso. Porém, o avanço rápido das expectativas de corte de juros desde novembro anulou boa parte dos ganhos que o dólar havia acumulado no ano.
Quem se destacou foram as moedas europeias, beneficiando-se da queda do dólar, especialmente o euro (EUR/USD), superando 1,10 contra a divisa americana, após a mudança de tom do presidente do Fed, Jerome Powell, na última reunião de política monetária do ano, bem como em relação às projeções dos dot plots.
Às vésperas de 2024, a questão que se coloca é se a baixa do dólar nos últimos dois meses se manterá no próximo ano. No entanto, neste momento, nada é mais incerto, já que o processo de desinflação parece seguir sem interrupção.
O próximo elemento-chave a ser acompanhado será a evolução da economia global, sabendo-se que um pouso suave é o cenário mais provável, o que favorece a busca por risco e representa um obstáculo para o dólar, visto como porto seguro.
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Mas essas previsões são baseadas em bases frágeis e podem se reverter, favorecendo a tendência do dólar de voltar a subir, especialmente se os indicadores econômicos dos EUA continuarem a mostrar relativa firmeza.
Também é importante considerar que os mercados já estão antecipando que a queda do dólar será o tema principal no mercado cambial no próximo ano, baseando-se na avaliação das taxas e dos bancos centrais nas últimas semanas. Dessa forma, uma virada do dólar seria uma surpresa que poderia levar a uma retomada forte da alta.