Dólar salta acima de R$5,30 com novos temores sobre setor bancário global

Publicado 15.03.2023, 09:13
© Reuters. Homem entra em casa de câmbio em São Paulo cuja fachada é decorada com imagens de notas de dólar
05/03/2020 REUTERS/Rahel Patrasso
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Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar saltava na manhã desta quarta-feira, e chegou a flertar com os 5,33 reais, conforme investidores voltavam a fugir para ativos seguros após temores sobre o Credit Suisse (SIX:CSGN) ressuscitarem medos mais amplos em relação ao setor financeiro internacional na esteira de falências de bancos nos Estados Unidos.

Às 9:39 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,74%, a 5,2965 reais na venda.

No pico do dia, a moeda saltou 1,37%, a 5,3295 reais, maior patamar intradiário desde o dia 6 de janeiro, mas moderou ligeiramente os ganhos após dados norte-americanos mais fracos do que o esperado sobre varejo e inflação ao produtor.

Na B3 (BVMF:B3SA3), às 9:39 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,79%, a 5,3135 reais.

Reguladores e executivos de finanças em todo o mundo têm procurado amenizar preocupações de contágio depois que o Silicon Valley Bank e o Signature Bank de Nova York entraram em colapso na última semana, mas esperanças de efeitos limitados para o resto do sistema financeiro foram reduzidas nesta quarta-feira depois que o maior acionista do Credit Suisse disse que pode não elevar sua participação no banco.

"Investidores operando com muita cautela e vendendo papéis em meio à crise no setor bancário dos EUA", disse à Reuters Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital, embora tenha ponderado que acredita se tratar de "um movimento agudo e não crônico".

Segundo Bergallo, "o mercado deve seguir com ajustes diários na expectativa dos próximos passos do Federal Reserve e do nosso Banco Central".

Depois da falência do SVB, o mercado norte-americano passou a precificar chances maiores de o banco central norte-americano elevar seus juros na próxima semana em apenas 0,25 ponto percentual --e não mais em 0,50 ponto, como vinha sendo esperado. Há também chances consideráveis embutidas nos preços de que o Fed mantenha sua taxa básica inalterada.

No Brasil, no entanto, a visão mais geral é de que ainda é cedo para cravar uma alteração na trajetória do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, pelo menos no curto prazo.

© Reuters. Homem entra em casa de câmbio em São Paulo cuja fachada é decorada com imagens de notas de dólar
05/03/2020 REUTERS/Rahel Patrasso

Em teoria, um cenário de abrandamento do ritmo de aperto monetário do Fed e manutenção de juros altos no Brasil seria positivo para o real, já que a maior diferença de rentabilidade tende a tornar a moeda brasileira atraente para investidores estrangeiros.

No entanto, profissionais do mercado explicam que, se o Fed realmente for menos agressivo daqui para frente, isso sinalizaria que o banco percebe riscos elevados para a economia global, o que provavelmente alimentaria temores de recessão e impulsionaria a busca por ativos seguros, como o dólar.

Na véspera, dólar spot fechou o dia cotado a 5,2577 reais, em baixa de 0,21%.

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