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Dólar salta ao maior nível em mais de 4 meses com temores de recessão e incerteza fiscal doméstica

Publicado 23.06.2022, 17:08
Atualizado 23.06.2022, 17:30
© Reuters. Notas de dólares
14/02/2022
REUTERS/Dado Ruvic

© Reuters. Notas de dólares 14/02/2022 REUTERS/Dado Ruvic

Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) -O dólar fechou no maior patamar em mais de quatro meses nesta quinta-feira, impulsionado por piora no sentimento global conforme a perspectiva de uma política monetária apertada nos Estados Unidos alimenta temores de recessão, em meio ainda a receios fiscais domésticos.

A divisa norte-americana à vista abandonou perdas vistas durante a sessão para fechar em alta de 0,97%, a 5,2291 reais, máxima para encerramento desde 11 de fevereiro deste ano (5,2428). No pico do dia, o dólar chegou a avançar 1,10%, a 5,2363 reais.

Com essa valorização, a 11ª em 13 pregões, o dólar --que já está acima de suas médias móveis lineares de 50 e 100 dias-- se aproxima do importante nível técnico de 200 dias, atualmente em 5,2520 reais. Eventual rompimento dessa média móvel diária pode ser o prenúncio de mais altas para a moeda.

Na B3 (SA:B3SA3), às 17:04 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,66%, a 5,2435 reais.

O mercado de câmbio doméstico acompanhou movimento visto no exterior, onde o índice do dólar contra uma cesta de pares fortes devolveu perdas iniciais e passou a subir na parte da tarde.

Várias moedas sensíveis ao apetite por risco global, como dólar australiano, rand sul-africano, peso chileno e peso colombiano, caíram acentuadamente nesta tarde.

Investidores repercutiam comentários do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, que reconheceu em audiência no Congresso dos EUA que uma recessão é "certamente uma possibilidade" na maior economia do mundo. Apesar desse risco, ele reforçou o compromisso "incondicional" do Fed com o controle da inflação, sinalizando mais aumentos de juros ao longo deste ano.

O banco central norte-americano já elevou sua taxa básica em 1,5 ponto percentual desde março deste ano. Novo ajuste de 0,75 ponto, semelhante ao adotado na última reunião de política monetária do Fed, é previsto para o próximo encontro da instituição, no mês que vem.

"Esta semana está sendo caracterizada por uma mudança importante na postura dos bancos centrais dos países desenvolvidos, que começam a dar prioridade ao combate à inflação em detrimento do crescimento da economia e do desemprego", avaliou a Genial Investimentos em relatório a clientes.

"Este cenário de aperto nas políticas monetárias nos países desenvolvidos... aumentou a probabilidade de que a economia global entre em recessão, o que já pressiona negativamente os preços dos ativos financeiros e das commodities", disse a Genial, citando ainda preocupações com sinais de desaceleração na China, que tem adotado rígidos lockdowns de combate à Covid-19.

Somando-se ao ambiente externo arisco, riscos fiscais brasileiros colaboraram para a valorização do dólar, disseram participantes do mercado, citando discussões em torno de possíveis medidas do governo para compensar a alta dos preços dos combustíveis no ano eleitoral, como elevação do Auxílio Brasil, aumento no valor do vale-gás a famílias e criação de uma espécie de voucher para caminhoneiros.

"Enquanto não tiver uma resolução sobre pacotes de auxílio, mercado segue mais pesado com questão fiscal", comentou em postagem no Twitter Jerson Zanlorenzi Jr., responsável pela mesa de ações e derivativos do BTG Pactual (SA:BPAC11).

Apesar do cenário adverso, parte dos mercados financeiros ainda enxerga algum espaço para desvalorização do dólar neste ano, caso do Banco Inter (SA:BIDI4), que prevê a moeda encerrando este ano em 4,90 reais.

"O cenário externo permanece desafiador e o dólar segue com alta volatilidade", disse a instituição em relatório assinado pela economista-chefe Rafaela Vitoria, ponderando que "entre os fundamentos para a manutenção do bom desempenho do real no ano está a melhora nos termos de troca da balança (comercial) e a maior taxa de juros na comparação global".

© Reuters. Notas de dólares
14/02/2022
REUTERS/Dado Ruvic

A Selic está atualmente em 13,25% ao ano, com a maior parte dos mercados apostando numa elevação para 13,75% no encontro de agosto do Comitê de Política Monetária (Copom).

Com a alta desta quinta-feira, o dólar reduziu as perdas acumuladas contra o real em 2022 para 6%, ficando mais de 13% acima da cotação mínima para encerramento do ano, de 4,6075 reais, atingida no início de abril.

(Edição de Isabel Versiani)

Últimos comentários

gasolina ⛽ pessoal gasolina. o maluc0 do b.o.l.s.o.n.a.r.o correu atrás do ICMS veio o petróleo a US$ 139,00. correu atrás do petróleo vai o dólar e pimba pras alturas. b.o.l.s.o.n.a.r.o é um #governoDeM.E.R.D.A
CONTAGEM REGRESSIVA PARA NOS LIVRARNOS DO BOZO... 100 dias
Por favor, militantes, avisem ao Bozo e a Micheque que não é necessário levar a quentinha na penitenciaria hoje. O pastor ladrão do MEC já foi solto pelo comparsa do judiciário que ganhará uma bela promoção. BOZO = LULA = LADRÃO POPULISTA
foi a maxima 5256
a cúpula da esquerda, com Luladrão e seus comparsas, não conhecem o termo motociata, somente os termos pixuleco, propina, comissão, etc... além disso, para eles NUNCA houve mensalão e petrolão
mimimimii. ixquirdixta mimimimi BOZO = LULA = LADRÃO POPULISTA
Bozopata so fala abobrinha
Como tem esquerdemente fazendo comentários esdrúxulos, totalmente distorcidos da realidade. Voltem para a faculdade ou sei lá aonde se formaram, seus professores comunistas não te ensinaram a pensar, apenas em pensar naquela besta de 9 dedos!!!
mimimimii. ixquirdixta mimimimi BOZO = LULA = LADRÃO POPULISTA
"Incerteza fiscal"! Que merda de materia!!
Lendo os comentários pensei. Acho que no mundo mágico da Bozolandia o FATO do Brasil estar entre os piores indicadores economicos do mundo não quer dizer nada. Se temos o maior juro real do mundo e ainda assim uma das maiores taxas de inflação, tudo bem. Se temos uma das maiores taxas de desemprego do mundo, tudo bem. O que importa é que a CURPA sempre é dos outros.
Li os comentários e pensei, Essa gente não estudou história? Em geral grandes pandemias trazem incertezas econômicas, crise ,guerra , desabastecimento, até a quebra de sistemas , tipo a queda do feudalismo , a quebra da bolsa de 29 .... essa pandemia vai deixar muitos rastros ainda .Entramos em "risk off " parem de esperar do governo
realmente e infelizmente as pessoas são tão tapadas e alienadas que não sabem da situação lá fora como está, no mundo todo! Reino Unido com inflação de dois dígitos... e aqui ainda há o risco de um governo corrupto voltar ao poder... preocupante a situação!
especulacao a milhao e gente incompetente da nisso, faltam só uns meses e acaba isso
Mas recessão e incerteza fiscal doméstica já é nosso dia a dia a muito tempo. Desvalorização do Real também é nosso dia a dia a cerca de 5 anos. A retórica para justificar determinadas métricas, escondendo os fatos reais, é assombroso. Vivemos em meio a uma ausência absoluta de planejamento econonômico social, ambiental, geopolítico, social, ... Nada. Não existe estratégia de crescimento do país de forma sustentada. Meramente são pessoas e entidades trabalhando isoladamente para ganhar o seu egoisticamente.
"incerteza fiscal doméstica" = risco BOZO
Carne é cotada em dólar, soja em dólar, milho em dólar, trigo em dólar, combustíveis em dólar, aço em dólar, componentes eletrônicos em dólar. Alguém lembra do Jegues reclamando das domésticas indo muito para Disney e bradando que dólar alto é bom para o Brasil? Foi ótimo para offshore da politicalha corrupta. Além da alta mundial, mais 40% de aumento na veia das commodities para o povo brasileiro. Agora, é só jogar a CURPA na PPI da PBR, na JBS e nos supermecados, na GROBO, STF, ...
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