WEGE3: Unidade de equipamentos elétricos sustenta resultados no 3º tri, diz BB-BI
Investing.com – O dólar apresentava alta contra as principais divisas nesta terça-feira, retomando fôlego após as perdas recentes ligadas ao setor bancário. A expectativa de novos avanços nas negociações comerciais entre Washington e Pequim reduziu parte das preocupações com uma reedição da guerra tarifária.
Às 7 h de Brasília, o Índice do Dólar, que mede o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,37%, a 98,715, após registrar na semana anterior sua maior queda de cinco dias desde o fim de julho.
Dólar ganha tração após dissipar temores com bancos regionais
O foco dos investidores em câmbio se afastou das incertezas sobre a solidez do sistema bancário dos EUA, à medida que as bolsas americanas ampliaram a recuperação apoiadas pela melhora no sentimento de crédito.
“O balanço do Zions Bank foi consistente, exceto pelas perdas pontuais relacionadas a fraudes. Ainda assim, o mercado segue atento a sinais de fragilidade no crédito corporativo”, afirmou o analista Francesco Pesole, do ING.
A moeda americana também se fortaleceu diante da desvalorização do iene japonês e das expectativas de que o presidente Donald Trump alcance um entendimento comercial com o líder chinês Xi Jinping durante o encontro previsto para ocorrer à margem de uma conferência econômica na Coreia do Sul na próxima semana.
As disputas entre as duas maiores economias do mundo, envolvendo tarifas, tecnologia e acesso a mercados, continuam a pesar sobre o sentimento global, embora o tom recente das autoridades americanas tenha sido mais conciliador. O conselheiro econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, afirmou que a paralisação de 20 dias do governo federal deve chegar ao fim ainda esta semana.
“Não há muitos avanços antes da reunião entre Trump e Xi marcada para o fim do mês”, acrescentou Pesole, “mas o mercado parece adotar uma postura de espera, combinada com certo otimismo de que um acordo possa ser alcançado.”
Libra recua após dados fiscais do Reino Unido
Na Europa, o EUR/USD recuava 0,2%, para 1,1622, com o euro pouco beneficiado pelo alívio político na França.
“O par EUR/USD segue fortemente dependente do sentimento de risco vindo dos mercados de crédito e ações americanos. Uma estabilização maior poderia levar a cotação até 1,160; níveis abaixo disso exigiriam uma leitura do IPC dos EUA acima do esperado na sexta-feira”, avaliou Pesole.
O GBP/USD caía 0,2%, para 1,3383, pressionado por dados que mostraram o maior volume de empréstimos governamentais do Reino Unido para o período de abril a setembro, excetuando-se o auge da pandemia.
O déficit fiscal acumulado no primeiro semestre do ano fiscal alcançou £99,8 bilhões, alta de 13% sobre o mesmo período de 2024 e £7,2 bilhões acima das projeções do Escritório de Responsabilidade Orçamentária britânico.
A ministra das Finanças, Rachel Reeves, deverá apresentar o novo orçamento em novembro, com expectativa de elevação de impostos para conter o desequilíbrio das contas públicas.
Iene enfraquece com vitória política de Takaichi
No Japão, o USD/JPY subia 0,3%, a 151,14, com o iene se desvalorizando após Sanae Takaichi, líder do Partido Liberal Democrático, assegurar votos suficientes para se tornar a nova primeira-ministra.
Takaichi é considerada adepta de políticas fiscais expansionistas e deve ampliar os gastos públicos, além de manter condições monetárias acomodatícias. Analistas também esperam resistência de sua parte a novos aumentos de juros pelo Banco do Japão, cuja decisão está prevista para a próxima semana.
Na China, o USD/CNY operava em leve queda, a 7,1178, com o iuane sustentado por fixações diárias mais firmes do Banco Popular. O foco segue nas conversas bilaterais entre Pequim e Washington, após Trump adotar um tom mais moderado nas recentes declarações sobre comércio.
Já o AUD/USD caía 0,4%, para 0,6489, com o dólar australiano em baixa mesmo após a assinatura de um acordo estratégico de minerais críticos entre Canberra e Washington.