Ambipar obtém da Justiça do RJ proteção contra vencimentos antecipados
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar sobe ante o real nesta segunda-feira, na contramão do recuo da moeda norte-americana no exterior, com o mercado monitorando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que participa de evento nesta manhã em São Paulo.
A semana carregada de indicadores e eventos econômicos no Brasil e no exterior também está no radar dos investidores.
Às 10h33, o dólar à vista tinha alta de 0,28%, aos R$5,3353 na venda.
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha leve alta de 0,01%, a R$5,3475.
Em evento promovido pelo BTG Pactual, Haddad defendeu que, para o arcabouço fiscal ser fortalecido, é necessário criar condições políticas para tratar sobre ajuste de regras com os parlamentares.
O ministro disse ainda que não vê uma norma fiscal melhor que a do arcabouço e defendeu o combate de "desperdícios" com o avanço de propostas que já estão tramitando no Congresso Nacional, após citar temas como supersalários no serviço público e Previdência de militares.
O dólar se manteve no território positivo durante os comentários de Haddad, dando continuidade ao movimento mais recente de ajustes de alta nas cotações após as decisões sobre juros no Brasil e nos EUA na quarta-feira passada.
Ao longo desta semana, investidores estarão atentos à divulgação da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na terça-feira, ao IPCA-15 de setembro e ao Relatório de Política Monetária do BC, ambos na quinta-feira. Nos EUA, destaque para dados do Produto Interno Bruto (PIB), na quinta-feira, e para o índice PCE, na sexta-feira.
Na última sexta-feira, o dólar à vista fechou em leve alta de 0,02%, aos R$5,3205.
"Não há como afirmar se o dólar/real fará uma longa pausa, como ocorreu quando atingiu os suportes anteriores de R$5,60 e R$5,40. Por ora, o nível atual não surpreende e pode ser boa oportunidade para comprar", pontuou nesta manhã o diretor da consultoria Wagner Investimentos, José Faria Júnior, em relatório a clientes.
"Entendemos que a região de R$5,40 virou resistência forte, já que foi nível que impediu a queda do dólar por mais de dois meses", acrescentou.
O Banco Central fará às 11h30 leilão de até 30.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de outubro de 2025.
Às 10h34, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes -- caía 0,28%, a 97,456.
(Por Fabrício de Castro)