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Dólar tem forte ajuste para baixo, mas ainda caminha para maior avanço mensal desde março de 2020

Publicado 29.06.2022, 17:06
© Reuters.

Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar caiu acentuadamente nesta quarta-feira, movimento completamente descolado do exterior que deixou o real com o melhor desempenho global na sessão, performance que operadores atribuíram a razões técnicas, mas não deve impedir a divisa norte-americana de marcar seu melhor mês desde o início da pandemia de Covid-19.

A moeda norte-americana à vista caiu 1,44%, a 5,1911 reais na venda, desvalorização diária mais intensa desde o último dia 15 (-2,07%), ao menor patamar em uma semana.

Na B3 (BVMF:B3SA3), às 17:02 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,52%, a 5,1955 reais.

A baixa veio na contramão da valorização de 0,6% do índice do dólar contra uma cesta de rivais de países ricos nesta tarde.

"Esta queda do dólar por aqui já faz parte do início da tradicional briga da taxa Ptax de final de mês, com os vendidos (agentes que apostam na queda da moeda norte-americana contra o real) desde hoje tentando mostrar a sua força", comentou Jefferson Rugik, presidente-executivo da Correparti Corretora.

A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central que serve de referência para liquidação de derivativos. No fim de cada mês, agentes financeiros costumam tentar direcioná-la para níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas ou vendidas em dólar, o que geralmente eleva a volatilidade.

Operadores também atribuíram parte do enfraquecimento do dólar nesta sessão a um ajuste técnico, depois que a divisa fechou em 5,2671 reais na véspera, nível mais alto para um fechamento desde 4 de fevereiro passado (5,3249), em seu 13° avanço em 16 sessões.

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É natural, depois de movimentos expressivos na moeda, haver momentos pontuais de correção na direção oposta, conforme operadores realizam lucros.

Apesar do enfraquecimento pontual --mais atrelado a fatores técnicos do que ao clima doméstico ou internacional, ambos tensos nesta quarta-feira--, o dólar ainda avança 9,19% no acumulado de junho, e está prestes a marcar seu maior ganho mensal frente ao real desde março de 2020 (+15,92%), quando os mercados financeiros do mundo inteiro foram abalados pelo choque inicial da Covid-19.

No segundo trimestre como um todo, o dólar ganha 8,99%, embora ainda esteja 6,86% abaixo do patamar para encerramento do ano passado.

Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital, disse que o recente rali da moeda norte-americana é reflexo de uma inflação persistentemente alta no mundo inteiro, que desencadeou respostas de política monetária muito agressivas por parte dos principais bancos centrais, como o Federal Reserve, que já subiu os juros em 1,5 ponto percentual desde março.

Isso por, sua vez, acendeu medos generalizados de uma recessão global, já que taxas de empréstimo mais altas pesam sobre os gastos das famílias e das empresas.

"Enquanto esse cenário continuar pairando, essa recessão seguir à vista e a inflação, descontrolada, a gente deve ver o investidor migrando para ativos mais livres de risco, como o dólar e a dívida dos Estados Unidos", disse Izac, que afirmou enxergar maior dificuldade para um retorno da moeda norte-americana a patamares inferiores a 5 reais.

O dólar passou boa parte de 2022 abaixo desse patamar psicológico importante, e chegou a ir a 4,6075 reais na menor cotação para fechamento do ano --quando foi pressionado pelo nível elevado da taxa Selic, atualmente em 13,25%.

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Além de choques exógenos, o mercado de câmbio doméstico também enfrenta riscos nacionais, como a aproximação das eleições presidenciais de outubro, disse Izac, notando que esse é um período historicamente marcado por volatilidade.

Investidores têm acompanhado com cautela a tramitação no Congresso da PEC dos Combustíveis, que prevê aumentos nos valores do Auxílio Brasil e do vale-gás e criação de voucher para transportadores autônomos de carga, com impacto total estimado em 38,75 bilhões de reais.

As medidas são vistas pelos mercados como eleitoreiras, fiscalmente danosas e com possível efeito inflacionário de longo prazo.

Últimos comentários

bancos centrais iniciando subidas de juro no mundo. vai a R$ 5,60
parece qie alguns tubarões ja sabiam das noticias de hoje.... e a sardinhada não
Fala aí sardinha
Nos próximos dias deve subir para 5,100.....
uma matéria aonde se fala para onde o dólar vai, quem escreveu deve ser muito rico já que sabe qual a tendência do dólar
mas.. mas .mas..
a verdade é que deixaramromper um pouco o topo para pegarem sardinhada
amanha ptax provavel que suba
A verdade é que o Real está subvalorizado, a balança comercial está com imenso superavit.
Se cai pegam qualquer coisa e jogam se sobe a mesma coisa. Nao pode se deixar levar por essas matérias
O dólar marcou topo nos 5,28 e nessa queda perdeu a média móvel de nove períodos, 90% de continuar caindo amanhã…
Calma Amanhã sobe novamente E tudo volta ao normal Rumo ao 6
Vai comprando mais ....bastante....até nao aguentar mais....parabéns.
#confia #sardinha
Muito bla bla bla.....tenham originalidade pra escrever mais do mesmo.pelo menos isso...
Tem sempre o “mas”, mídia fedorenta!!!
what! ?
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