Por Claudia Violante
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar operava com leves oscilações ante o real nesta segunda-feira, com os investidores em compasso de espera num dia de agenda vazia, mas que antecede importantes eventos econômicos internos e externos nesta semana.
Como na semana passada, a expectativa de entrada de recursos externos no país continuava no mercado, em meio a várias aberturas de capital.
Às 10:14, o dólar avançava 0,02 por cento, a 3,1413 reais na venda, depois de ter caído 1,38 por cento na semana passada e acumulado perdas de 5,19 por cento no mês até o fechamento anterior . O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,10 por cento.
"Uma agenda pesada movimentará os mercados globais esta semana, com destaque para as decisões de política monetária do Copom e do Federal Reserve, ambas na quarta-feira (dia 26)", afirmou o operador da Advanced Corretora Alessandro Faganello.
O banco central norte-americano deve manter os juros dos Estados Unidos, mas os investidores sempre procuram por pistas sobre seus próximos passos. A chair do Fed, Janet Yellen, já disse que a economia dos Estados Unidos estava saudável o suficiente para absorver futuras altas graduais de juros, mas disse que não seria necessário subir tantos os juros.
No Brasil, a expectativa era de que o Banco Central reduza a Selic em 1 ponto percentual, para 9,25 por cento ao ano, patamar ainda considerado elevado e atrativo aos investidores de fora. Esse cenário, juntamente que a expectativa de que possa haver mais entrada de recursos com novas aberturas de capital, podem manter o dólar em níveis baixos, testando o patamar de 3,10 reais.
Na semana passada, Carrefour (PA:CARR) e Biotoscana realizaram suas ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês). Estão previstas para as próximas semanas a precificação da resseguradora IRB Brasil, da operadora de planos de saúde Notre Dame, da empresa de tecnologia Tivit Serviços e da geradora de energia Ômega.
A calmaria no cenário político, gerado sobretudo pelo recesso parlamentar, também ajudava na tendência de queda do dólar frente ao real nestas últimas semanas.
O Banco Central realizará nesta sessão novo leilão de até 8,3 mil swaps cambiais tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- para a rolagem dos contratos que vencem em agosto.