Por Claudia Violante
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar passou a operar em queda nesta segunda-feira com fluxo de venda após ter atingido 4,20 reais durante a sessão, acompanhando o movimento da moeda no mercado externo ante divisas de emergentes.
Às 12:07, o dólar recuava 0,28 por cento, a 4,1552 reais na venda. O dólar futuro tinha perda de cerca de 0,5 por cento.
Mais cedo, a moeda norte-americana chegou à máxima de 4,2049 reais, atraindo vendedores, em um movimento de alta influenciado por levantamentos mostrando avanço de candidatos que o mercado considera menos comprometidos com o ajuste das contas públicas.
"O vendedor, sobretudo o exportador, apareceu quando a moeda foi a 4,20 reais e, depois, o dólar perdeu força no mercado externo, firmando a queda", comentou um profissional da mesa de câmbio de uma corretora local.
A pesquisa do Datafolha na sexta-feira mostrou os candidatos Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT) empatados em segundo lugar, enquanto o levantamento do BTG Pactual (SA:BPAC11) nesta sessão também mostrou Haddad em segundo lugar.
A pesquisa CNT/MDA, divulgada no final da manhã, também mostrou o petista na segunda colocação, com Jair Bolsonaro (PSL) à frente em todas.
"A esquerda tende a consolidar sua participação na reta final das eleições, o que deve trazer apreensão ao investidor estrangeiro, e fortalecer o ambiente especulativo", apontou a Advanced Corretora em relatório.
O Banco Central ofertou e vendeu integralmente 10,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 5,45 bilhões de dólares do total de 9,801 bilhões de dólares que vencem em outubro.
Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
No exterior, o dólar caía firme ante a cesta de moedas e passou a recuar ante a maioria dos emergentes, como o peso mexicano. Ante a lira, entretanto, seguia com forte alta, em meio à expectativa por um plano econômico nos próximos dias.