Trump ameaça encerrar alguns laços comerciais com a China, incluindo compra de óleo de cozinha
Por Fabricio de Castro
SÃO PAULO (Reuters) -O dólar abriu a terça-feira com ganhos firmes ante o real, em sintonia com o avanço da moeda norte-americana ante as demais divisas no exterior, em um dia até o momento de apreensão dos investidores diante das tensões comerciais entre Estados Unidos e China.
Às 10h14, o dólar à vista subia 0,78%, aos R$5,5031 na venda.
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento avançava 0,71%, a R$5,5240.
Nos mercados globais, a manhã era de busca por ativos mais seguros, como Treasuries, dólar e ouro, em detrimento de opções mais arriscadas, como ações, moedas e títulos de países emergentes.
Por trás do movimento estão novamente os receios de um acirramento do embate comercial entre Estados Unidos e China, embora o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tenha baixado o tom contra os chineses no fim de semana.
Às 10h05, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,08%, aos 99,382. A moeda norte-americana sustentava ganhos ante praticamente todas as demais divisas, incluindo pares do real como o peso mexicano, o peso chileno e o rand sul-africano.
No Brasil, os agentes vão acompanhar ainda a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Eles estarão especialmente atentos aos comentários de Haddad sobre o Orçamento, após o Congresso ter arquivado na semana passada a medida provisória 1303, que buscava elevar as receias por meio de taxação de aplicações financeiras.
Na segunda-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,79%, aos R$5,4603.
Às 11h30 desta terça-feira o Banco Central realizará leilão de 40 mil contratos de swap cambial para rolagem do vencimento de 3 de novembro.
(Edição de Camila Moreira e Pedro Fonseca)