Londres, 15 out (EFE).- Os coproprietários do Liverpool, Tom
Hicks e George Gillett, retiraram hoje a ordem de restrição que
bloqueava a venda do clube ao consórcio New England Sports Ventures
(NESV), o que aparentemente permitiria fechar o acordo, mas que, na
realidade, representa uma nova tentativa para frustrar a operação.
A última atuação dos donos não se traduz como uma ajuda para
completar a venda para o NESV, mas um passo prévio para que Hicks
possa passar seu pacote acionário ao fundo de investimento americano
Mill Financial e assim controlar o processo.
O NESV estava pronto para enviar os 340 milhões de euros
estipulados para comprar o Liverpool assim que fosse retirada a
ordem do Tribunal do Texas que tinha bloqueado o processo e cujo
prazo terminava ao meio-dia de hoje (horário de Brasília).
A última sentença do Alto Tribunal de Londres, ditada na
quinta-feira à tarde, obrigava a Justiça americana a retirar a ordem
restritiva de caráter temporário que emitiu no dia anterior para
paralisar, a pedido dos atuais proprietários do clube - Tom Hicks e
George Gillet -, a venda da entidade inglesa.
Os coproprietários do Liverpool, que o compraram em 2007 por 174
milhões de libras (198 milhões de euros), tentaram evitar a venda do
clube desde que na semana passada se anunciou o acordo alcançado
entre o conselho e o americano NESV, que oferece 300 milhões de
libras.
Após tentar paralisar esse processo com a expulsão de dois
diretores do conselho, para substituí-los por duas pessoas de sua
confiança e controlar assim as votações, Hicks e Gillet entraram na
justiça de seu país para que interviesse e detivesse de novo a
operação. EFE