Economia chinesa recupera-se com alta trimestral de 8,9%

Publicado 22.10.2009, 08:56
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Antonio Broto.

Pequim, 22 out (EFE).- A China, a terceira economia do mundo, cresceu 8,9% no terceiro trimestre do ano na comparação com igual período de 2008, um ponto percentual a mais e mantendo a tendência ascendente demonstrada no segundo trimestre, quando subiu 7,9%.

"A situação geral da economia nacional é boa", resumiu o porta-voz do Birô Nacional de Estatísticas (BNE), Li Xiaochao, que afirmou que a semente do plano de estímulo aprovado em março germinou e floresceu em forma de resultados econômicos positivos.

Segundo destacou o representante do BNE em entrevista coletiva, o valor acumulado do Produto Interno Bruto (PIB) nos nove primeiros meses de 2009 chegou os US$ 3,19 trilhões (2,12 trilhões de euros), um aumento de 7,7% com relação ao mesmo período de 2008.

O desempenho da terceira economia mundial alcançou o objetivo de crescer 8% neste ano, meta fixada pelo primeiro-ministro, Wen Jiabao, em março e que segundo Pequim é primordial para que o país asiático mantenha a estabilidade social.

A tendência é que o Produto Interno Bruto (PIB) da China (US$ 4,32 trilhões em 2008, segundo o Banco Mundial) supere o do Japão (US$ 4,91 trilhões), por isso já se vislumbra a possibilidade que em 2010 a economia chinesa ultrapasse à japonesa. A confirmação, no entanto, deve ficar para janeiro, com a divulgação dos resultados anuais.

Os números econômicos de hoje, como nos relatórios anteriores deste ano, tiveram como dado mais negativo o do comércio exterior, que caiu 20,9% entre janeiro e setembro com relação ao mesmo período de 2008, embora a queda tenha sido menor do que no acumulado da primeira metade do ano (23,5%).

O volume total do comércio da China (líder mundial neste aspecto) cresceu US$ 1,55 trilhões (1,03 trilhões de euros).

As exportações tiveram uma queda anualizada de 21,3% , enquanto as importações desceram 20,4%.

Frente ao descenso do comércio exterior, os outros dois motores da economia chinesa (investimento e consumo) mantiveram alta na casa dos dois dígitos, por isso que o porta-voz do BNE reconheceu que estes foram os motores da recuperação.

O investimento em ativos fixos, nos primeiros nove meses do ano, aumentou para US$ 2,27 trilhões (1,51 trilhões de euros), um crescimento anualizado de 33,4%.

As vendas no varejo, um dos indicadores de consumo, em nove meses ascenderam a US$ 1,31 trilhões (0,87 trilhões de euros), um aumento de 15,1% frente ao mesmo período do ano anterior.

A tendência mais inovadora dos dados publicados nesta quinta-feira ficou com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que após os sinais de deflação que vigoraram de fevereiro a junho reverteram no terceiro trimestre.

No acumulado do ano, no entanto, há um registro de queda de 1,1% com relação a 2008, mas por meses, em julho os preços deixaram de cair para manter-se como em junho, enquanto em agosto e setembro apresentaram altas respectivas de 0,5% e o 0,4%.



Após a divulgação dos dados, o porta-voz do BNE destacou que a China "está em uma etapa crucial para conseguir um crescimento estável, mas as bases da recuperação devem consolidar-se".

Por isso, Li afirmou que Pequim continuará suas iniciativas fiscais proativas e uma política monetária moderadamente liberal.

Em 2007 a economia China cresceu 13% e em 2008 e 2009, com o que superou as da França, Itália e Alemanha, embora o país também tenha sido atingido pela crise financeira internacional, especialmente em suas exportações e no emprego, pois 40 milhões de trabalhadores perderam o trabalho no país. EFE

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