Bruxelas, 3 nov (EFE).- A Comissão Europeia, o órgão executivo da
União Europeia (UE), afirmou hoje que o bloco começa a se recuperar
gradualmente da crise econômica e deverá registrar taxas de
crescimento positivas tanto em 2010 (0,7%) como em 2011 (1,6%),
apesar do desemprego elevado.
As previsões macroeconômicas apresentadas indicam ainda que,
dentro da zona do euro, que agrupa 16 dos 27 países da UE, a
expansão da economia deverá ser bastante similar: de 0,7%, em 2010,
e de 1,5%, em 2011.
Segundo a Comissão Europeia, na região em que circula a moeda
comum europeia, apenas três países vão registrar taxas de
crescimento negativas: Irlanda (-1,4%), Espanha (-0,8%) e Grécia
(-0,3%).
Já em 2011, de acordo com as previsões, o PIB dos países da UE
crescerá de 0,7% (Grécia) a 4,2% (Estônia).
Os novos cálculos da Comissão Europeia confirmam que a economia
do bloco sairá da recessão na segunda metade deste ano. Porém, em
relação a 2008, o PIB regional encolherá 4,1%.
A recuperação da economia, segundo as autoridades europeias, será
puxada pela melhora das condições internacionais e dos mercados
financeiros, e também pelas "significativas" medidas monetárias e de
estímulo fiscal aplicadas.
No entanto, uma série de fatores limitará essa recuperação, como
a "frágil" situação do mercado de trabalho, que deverá restringir o
consumo das famílias.
A Comissão Europeia prevê que, em 2009, o desemprego na UE ficará
em 9,1%. Já para 2010 e 2011, estão previstas taxas de 10,3% e
10,2%, respectivamente.
Na zona do euro, o desemprego subirá de 9,5% para 10,7% entre
2009 e 2010. Em 2011, deverá alcançar 10,9%.
As projeções apontam a Espanha como o país com maiores taxas de
desemprego na UE em 2009 (17,9%), 2010 (20,0%) e 2011 (20,5%). EFE