Em pregão morno e de baixa liquidez, dólar fecha a R$ 5,1150 (+0,06%)

Publicado 31.01.2023, 05:00
© Reuters Em pregão morno e de baixa liquidez, dólar fecha a R$ 5,1150 (+0,06%)
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O mercado de câmbio doméstico trabalhou em marcha lenta na sessão desta segunda-feira, 30, abertura da semana marcada pela chamada "super quarta" (1º de fevereiro), com decisão de política monetária aqui e nos Estados Unidos. Com oscilação de apenas cerca de cinco centavos entre a mínima (R$ 5,0842) e a máxima (R$ 5,1341), o dólar à vista encerrou o pregão cotado a R$ 5,1150, em alta de 0,06%, após ter caído 1,84% na semana passada.

Operadores atribuíram as mínimas, pela manhã, à entrada pontual de fluxo comercial e financeiro. Já as máximas, ao longo da tarde, se deram em sintonia com o comportamento global da moeda americana, que se valorizou tanto em relação a pares fortes quanto ante divisas emergentes. Principal termômetro do apetite por negócios, o contrato de dólar futuro para fevereiro girou menos de US$ 10 bilhões.

Falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre política fiscal e monetária no início da tarde foram monitoradas e, embora tenham provocado certo ruído no mercado de juros futuros, não tiveram papel relevante na formação da taxa de câmbio. Pela manhã, investidores assimilaram nova rodada de deterioração das expectativas de inflação para este ano (de 5,48% para 5,74%) e 2024 (de 3,84% para 3,90%), segundo o Boletim Focus.

"Os dados econômicos e as projeções do Boletim Focus têm vindo piores, mas o mercado está em um marasmo, com poucos negócios, na expectativa pela super quarta", afirma o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, para quem o dólar pode até romper o piso de R$ 5,00 no curto prazo, dada a perspectiva de manutenção de fluxo externo para ativos locais.

Dados da B3 (BVMF:B3SA3) mostram que houve ingresso de R$ 1,048 bilhão na bolsa doméstica no pregão do dia 26 (quinta-feira), último dado disponível. Em janeiro, os investidores estrangeiros já aportaram R$ 9,923 bilhões em ações locais.

"Falta um lugar seguro para o estrangeiro alocar e há preferência pelo Brasil. Pode haver uma enxurrada de dólares no curto prazo. Se isso vai perdurar, está nas mãos do Haddad", acrescenta Galhardo, em referência a dúvidas sobre a política fiscal e a credibilidade da política monetária, em meio a debate a respeito de eventual mudança da meta de inflação.

Na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Haddad voltou a defender a necessidade de "harmonizar" as políticas fiscal e monetária. O ministro revelou já ter conversado com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre nomes que podem substituir o atual diretor de Política Monetária da entidade, Bruno Serra, cujo mandato se encerra em 28 de fevereiro. A escolha do substituto de Serra é tida como evento que pode dar sinais sobre o rumo que o governo Lula gostaria que o BC, que tem autonomia operacional, desse à política monetária.

É dado como certo que o Comitê de Política Monetária (Copom) anuncie na quarta-feira a manutenção da taxa Selic em 13,75% ano. As atenções estarão voltadas ao tom do comunicado do colegiado. Nos EUA, é quase unânime a aposta de que o Federal Reserve vai desacelerar o ritmo de alta da taxa de juros de 50 pontos-base para 25 pontos-base, levando os Fed Funds para a faixa entre 4,50% e 4,75%. A perspectiva é de que a taxa terminal não vá muito além de 5%, tendo em vista sinais de arrefecimento de inflação e da atividade.

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