Redação Central, 7 dez (EFE).- Os Emirados Árabes Unidos (EAU), que serão o palco do Mundial de Clubes da Fifa pelo segundo ano consecutivo, são um país rico em petróleo com estreitos vínculos com o mundo do esporte.
A capital, Abu Dhabi, receberá todos os jogos do torneio, entre os dias 8 e 18 de dezembro, além de abrigar, no circuito Yas Marina, uma das etapas do calendário da Fórmula 1.
Os Emirados Árabes se tornaram membros da Fifa em 1972, um ano após adquirirem sua independência, e em 1974 se integraram às Confederações Asiática e Árabe. Organizaram a Copa do Golfo em 1982, 1994 e 2007. Em 1996, sediraram a Copa Asiática da AFC.
Sua conquista mais importante no futebol foi a classificação para a Copa do Mundo de 1990, onde não passou da fase de grupos após perder os três jogos que disputou na primeira fase (5 a 1 para a Alemanha, 4 a 1 para a Iugoslávia e 2 a 0 para a Colômbia).
Vários jogadores brasileiros se transferiram para equipes deste país devido aos altos investimentos feitos por xeques locais, que devido à paixão pelo esporte também investem na compra de clubes europeus, como o Manchester City.
DADOS BÁSICOS DOS EMIRADOS ÁRABES:.
SITUAÇÃO E LIMITES: Oriente Médio, junto ao Golfo Pérsico, limítrofe com Catar, Omã e o Golfo (norte), com Omã (leste) e com a Arábia Saudita (sul e sudoeste).
SUPERFÍCIE: 83,6 quilômetros quadrados.
POPULAÇÃO: 4,9 milhões de habitantes (FMI, 2009), dos quais 1.900.000 residem em Abu Dhabi e 1.600.000 em Dubai.
CAPITAL: Abu Dhabi.
IDIOMAS: Árabe (oficial), persa, inglês indi e urdu.
RELIGIÃO: muçulmanos sunitas (75,8%) e xiitas (20%), cristãos (2%), não-religiosos (1,4%), outros (0,8%).
FORMA DE ESTADO: federação que reúne sete emirados (Abu Dhabi, Dubai, Sharjah, Ajman, Umm al Qaywayn, Ras al-Khaima e Fujairah).
FORMA DE GOVERNO: Monarquia absoluta. A máxima autoridade é o Conselho Supremo Federal, constituído pelos governantes - emires - dos sete emirados, cada um dos quais é monarca absoluto em seu próprio domínio. O poder se transmite por sucessão hereditária. Além de decidir a política dos EAU, o Conselho elege o presidente, que costuma ser o xeque de Abu Dhabi.
O legislativo o constitui o Conselho Nacional Federal (assembleia consultiva de 40 membros nomeados pelos emires por dois anos).
O presidente é o xeque Khalifa bin Zayed al Nahayan, que sucedeu seu pai Zayed bin Sultan al-Nahyan, falecido em novembro de 2004. Foi reeleito em 3 de novembro.
PARTIDOS POLÍTICOS: Não estão permitidos.
Forças Armadas: 50.500 homens (44.000 Exército; 4.000 Aeronáutica, e 2.500 Marinha).
Os emirados mantêm com os Estados Unidos uma alta relação em defesa, assim como uma privilegiada cooperação com a França e o Reino Unido, principalmente na obtenção de provisões e formação.
HISTÓRIA: Os nômades árabes da região viveram isolados do Ocidente durante séculos. Só em princípios do século XIX o Reino Unido se aproximou para tentar reprimir a pirataria marítima, que afetava suas comunicações com as colônias asiáticas.
Em 1853, o Reino Unido assinou com os xeques do litoral um tratado que estabelecia uma "trégua marítima perpétua", e a zona passou a chamar-se Costa da Trégua.
Em 1971, o Reino Unido retirou suas tropas e os diferentes emirados se federaram em uma nação independente.
ECONOMIA: A moeda é o Dirham. Quarto exportador de petróleo da Opep, o petróleo é a principal fonte de receita do país, cujos habitantes desfrutam de um dos níveis econômicos mais altos do mundo. Abu Dhabi, o principal emirado da federação, controla 90% da riqueza petrolífera. O PIB em 2008 foi de US$ 262,150 bilhões, e a renda per capita, de US$ 55.028.
EVOLUÇÃO POLÍTICA E SOCIAL.
País estável e com uma das economias mais dinâmicas da região, é um dos mais tolerantes do Golfo, já que as mulheres podem votar.
Em dezembro de 2006, a federação celebrou a primeira eleição de sua história, por ocasião da designação de 20 dos 40 membros do Conselho Nacional Federal. EFE