São Paulo, 12 nov (EFE).- Empresários espanhóis abriram hoje, em
São Paulo, um seminário que analisará as oportunidades de
investimento nas infraestruturas que deverão ser construídas para a
Copa do Mundo de 2014, a ser sediada pelo Brasil.
O presidente da Câmara Oficial Espanhola de Comércio no Brasil,
Eugenio Cabanes, disse à Agência Efe que o 2º Seminário sobre
Infraestruturas, além de "pôr empresários espanhóis e empresários
brasileiros em contato", pretende promover "acordos bons para o
Brasil e a Espanha".
Segundo as autoridades brasileiras, para a Copa do Mundo do
Brasil será necessário melhorar a infraestrutura aeroportuária e a
rede de estradas do país, construir ou adaptar estádios às normas da
Fifa e expandir a oferta hoteleira nas 12 cidades que receberão as
partidas.
"Obviamente, o Mundial de 2014 vai gerar muitos investimentos e
nós, empresários espanhóis, queremos dizer: 'Estamos aqui e queremos
acompanhar o crescimento'", comentou Cabanes.
Para o espanhol, a conjuntura atual é "boa" para que "os
investimentos de empresas espanholas no Brasil se multipliquem".
Cabanes também antecipou à Efe que as autoridades espanholas no
Brasil estudam a organização de "um grande seminário" para mostrar a
experiência dos Jogos Olímpicos de Barcelona, realizados em 1992.
"Seria um evento ambicioso", acrescentou, destacando que a
capital catalã é constantemente apontada como exemplo de como
aproveitar as infraestruturas de um grande evento para melhorar a
vida da população.
O embaixador da Espanha no Brasil, Carlos Alonso Zaldívar, também
falou da experiência de seu país na organização de grandes eventos e
em aproveitar as infraestruturas como um legado "útil".
"A Espanha soube aproveitar a Copa do Mundo de 1982, a Expo de
Sevilla, dez anos depois, e os Jogos de Barcelona, no mesmo ano,
para transformar suas cidades, recuperar zonas degradadas, corrigir
erros e melhorar a qualidade de vida", destacou Zaldívar.
Segundo o diplomata, o Mundial de 2014 "transformará o Brasil na
vitrine do mundo" e pode proporcionar "uma mudança positiva na vida
dos cidadãos".
Segundo Zaldívar, "a Copa passa, mas as obras ficam, e para que
permaneçam (sendo utilizadas) é necessário um grande esforço de
planejamento".
Além de autoridades espanholas e brasileiras, participam do
seminário especialistas em financiamento, segurança e planejamento.
EFE