Entrada de dólares em outubro foi a maior em 2 anos

Publicado 04.11.2009, 14:21
Atualizado 04.11.2009, 14:35

Rio de Janeiro, 4 nov (EFE).- O saldo positivo entre a entrada e a saída de dólares no Brasil em outubro foi de US$ 14,598 bilhões, o maior valor para um mês nos últimos 28 meses, informou hoje o Banco Central.

O saldo não era tão elevado desde junho de 2007, quando as entradas de divisas superaram as saídas em 16.561 milhões de dólares, segundo o emissor.

O resultado de outubro contrasta com o saldo negativo de US$ 4,639 bilhões de outubro do ano passado, quando a crise econômica global provocou uma fuga de divisas, e supera em quase 11 vezes o saldo positivo de setembro deste ano (US$ 1,365 bilhão).

A entrada recorde de divisas ao país em outubro foi provocada, em parte, pelo lançamento de ações realizado pela subsidiária brasileira do banco espanhol Santander na Bolsa de Valores de São Paulo e de Nova York, que atraiu cerca de US$ 4 bilhões de investidores estrangeiros.

O resultado do fluxo cambial em outubro elevou para US$ 22,856 bilhões o saldo positivo acumulado nos dez primeiros meses do ano, quase o dobro dos US$ 12,549 bilhões do mesmo período do ano passado.

A maior parte das divisas que entraram no país em outubro era destinada à conta financeira, que reúne os investimentos estrangeiros diretos e os destinados à renda fixa e variável.

O saldo da conta financeira em outubro foi positivo em US$ 13,106 bilhões, como resultado de entradas no valor de US$ 39,705 bilhões e saídas de US$ 26,599 bilhões.

A conta comercial, que registra o comércio de bens e serviços, terminou o mês com saldo positivo de US$ 1,492 bilhão, como resultado de entradas por exportações no valor de US$ 14,304 bilhões e saídas por importações de US$ 12,812 bilhões.

A forte entrada de dólares no país provocou uma significativa valorização do real em relação à moeda americana, o que já preocupa o Governo e, principalmente, os exportadores.

O Governo, inclusive, anunciou no final do mês passado a imposição de um encargo de 2% sobre a entrada de capital estrangeiro destinado à renda fixa e variável, como forma de frear a entrada de capitais externos e a valorização do real.

Também para frear a desvalorização do dólar frente ao real, o Banco Central comprou US$ 6,738 bilhões no mercado no mês passado. EFE

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