Quito, 20 jun (EFE).- O presidente do Equador, Rafael Correa,
anunciou hoje que estuda uma reforma legal que permita a expulsão
das petrolíferas estrangeiras que processarem o país em organismos
internacionais.
"Se (essas companhias) nos processarem, que nos processem... mas
saiam do país; eu não vou aceitar que estas oligarquias venham
processar o país e continuem usufruindo das riquezas" nacionais,
afirmou Correa em seu habitual relatório dos sábados.
O presidente afirmou que esta semana se reuniu com o ministro de
Minas e Petróleos, Germánico Pinto, para avaliar os desafios destas
duas indústrias, os contratos que o Estado tem com companhias
nacionais e estrangeiras e os processos que algumas apresentaram em
organismos internacionais.
Ele se referiu às ações apresentadas por petrolíferas
estrangeiras contra o Equador perante o Centro Internacional para a
Arbitragem de Disputas sobre Investimentos (Ciadi, na sigla em
inglês) e questionou: "Como há empresas que nos processam e seguem
trabalhando aqui?".
"Se nos processam, muito bem, mas deixem o país", reiterou.
"Estamos estudando as considerações legais" para aplicar essas
medidas, afirmou o governante, que disse que não tolerará tanto
"desrespeito ao país".
As petrolíferas foram empresas "que encheram os bolsos de
dinheiro" com contratos que, no passado, asseguravam um preço do
barril de petróleo de US$ 15, em média, mas que só deixavam US$ 3 no
Equador, afirmou o presidente equatoriano.
Correa criticou o fato de, no passado, não ter sido revisada essa
distribuição sobre os ganhos extraordinários recebidos pelas
petrolíferas quando o preço do petróleo subia no mercado
internacional. EFE