Investing.com - Como foi o caso antes da reunião do Federal Reserve (Fed) de quarta-feira, o par euro ganhou terreno após a divulgação do PIB do segundo trimestre dos EUA ontem, quando fechou atingiu um pico de US$ 1,0236. Mas não mudou fundamentalmente sua direção ainda incerta, ainda mais que a moeda comum europeia opera em baixa de 0,14% a US$ 1,0182 às 09h45.
Vale lembrar que o PIB do 2º trimestre dos EUA apresentou uma queda de 0,9%, contra +0,5% esperado, marcando a entrada dos Estados Unidos em recessão técnica, após um primeiro trimestre já negativo e dados mostrando que o fato de os números terem ficado abaixo do consenso se deve em grande parte à inflação.
A reação de alta do euro a esses números responde à lógica de que quanto pior a economia americana, menos o Fed terá liberdade para continuar o aperto monetário (o que é um fator de alta para o dólar).
No entanto, não se deve esquecer que a economia europeia também se encontra em mau estado, como salientou o Morgan Stanley (NYSE:MS) em nota publicada ontem, explicando que "embora as notícias recentes tenham sido positivas, não acreditamos que alterem o imagem fundamental e continuamos a ver as perspectivas da zona do euro como sujeitas a riscos negativos."
Em particular, destacou os seguintes fatores negativos:
- “A situação do gás natural na Europa pode se deteriorar novamente: mesmo uma taxa de utilização de 40% pode não ser suficiente”
- “Nossos economistas esperam uma recessão técnica no 4T22, com riscos de queda”
- "Esperamos que o BCE aperte menos do que o mercado."
- “O alargamento dos spreads periféricos é negativo para o euro”.
Nesse contexto, o banco especificou que havia estabelecido uma meta de baixa em 0,9760 para o par EUR/USD.
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Limites técnicos a serem observados no euro
Da perspectiva do gráfico, os movimentos do EUR/USD ontem permaneceram contidos na faixa de 1,01-1,0275, como tem sido por cerca de 2 semanas. Uma quebra acima de 1,0275, muito menos acima de 1,03 seria um sinal positivo.
No lado negativo, 1,02, 1,0150 e 1,0100 são os primeiros suportes a serem considerados para o Euro Dólar.