Bruxelas, 6 dez (EFE).- Os ministros das Finanças da zona do euro discutirão a possibilidade de ampliar o fundo de resgate de 750 bilhões de euros aprovado no primeiro semestre para evitar o contágio da crise da dívida grega, afirmou nesta segunda-feira o titular de Finanças belga, Didier Reynders.
Reynders explicou que os ministros devem abordar a possibilidade de aumentar o volume deste fundo, após discutirem as características do mecanismo de resolução da crise permanente que funcionará a partir de 2013.
"Sobre o mecanismo definitivo, temos que discutir o tamanho e, se conseguirmos avançar nesse aspecto, poderemos talvez falar também no mecanismo provisório", destacou Reynders antes da reunião.
"A princípio, vamos falar sobre como iniciar o mecanismo definitivo e, em função disso, veremos se é preciso fazer mudanças no mecanismo provisório", acrescentou.
As declarações do ministro sucedem as que ele deu no fim de semana, quando se alinhou com o Fundo Monetário Internacional (FMI) ao mostrar-se propício à ampliação do fundo de resgate temporário.
Nos últimos dias, multiplicaram-se os pedidos a favor da ampliação dos 750 bilhões do fundo dos que consideram que este valor seria insuficiente caso seja necessário sair ao resgate de um país como a Espanha, quarta economia da região e uma das afetados pela crise orçamentária.
No entanto, tanto as autoridades espanholas quanto as portuguesas negaram que este aumento seja necessário.
Já a Alemanha, como principal contribuinte ao fundo de resgate, expressou sua resistência a sair em ajuda de outros países da zona do euro ou a ampliar o valor do resgate temporário.
Além de discutir sobre os fundos de resgate provisório e definitivo, os ministros das Finanças europeus debaterão o programa de assistência financeira à Irlanda, que deverá receber sua aprovação formal nesta terça-feira.
Além disso, o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, voltou a pôr sobre a mesa a polêmica iniciativa dos eurobônus, que permitiriam um financiamento mais acessível aos países com problemas graças à solvência do tesouro alemão.
Os líderes europeus mantiveram contatos durante todo o fim de semana para avançar sobre estes assuntos, que voltarão a ser discutidos durante a reunião de chefes de Estado e do Governo da União Europeia (UE), que será realizada na semana que vem em Bruxelas. EFE