Bruxelas, 17 nov (EFE).- As exportações dos países da zona do
euro caíram 21% durante os nove primeiros meses do ano em comparação
com o mesmo período de 2008, enquanto as importações diminuíram em
25%, segundo os dados divulgados hoje pelo Eurostat, o escritório de
estatística comunitária.
Entre janeiro e setembro, os países da moeda única venderam bens
ao exterior no valor de 932 bilhões de euros e gastaram 921,3
bilhões de euros em produtos estrangeiros, o que significa um
superávit de 10,7 bilhões de euros.
O saldo positivo contrasta com o déficit de 45 bilhões de euros
registrado no mesmo período do ano anterior, quando as exportações
alcançaram 1,182 trilhão de euros e as importações 1,227 trilhão de
euros.
No conjunto dos países da União Europeia (UE), as exportações
caíram 19%, enquanto as importações despencaram 26%, para 795,200
bilhões de euros 886,3 bilhões de euros, respectivamente.
Como resultado, o déficit acumulado pelos 27 países de janeiro a
setembro ficou em 91,1 bilhões de euros, muito abaixo dos 204,6
bilhões euros registrados no mesmo período do ano anterior.
Levando em consideração somente o mês de setembro, a zona do euro
teve um superávit de 3,7 bilhões de euros, enquanto no mesmo mês do
ano anterior o desequilíbrio na balança comercial estava com um
saldo negativo de 6 bilhões de euros.
No conjunto da União Europeia, em setembro foi percebido um saldo
negativo de 11,2 bilhões de euros - frente aos 24,5 bilhões de euros
no mesmo mês do ano anterior, segundo os dados provisórios
divulgados hoje.
Eurostat também detalhou hoje a balança comercial do conjunto da
UE até agosto.
Os intercâmbios comerciais dos países da UE com seus principais
parceiros também tiveram baixa.
As quedas das exportações da UE foram especialmente fortes com a
Rússia (40% menos de janeiro a agosto de 2009, com relação ao ano
anterior), Turquia (-28%) e Estados Unidos (-20%); frente ao corte
das importações, para Rússia diminuíram 43%, para a Noruega 31% e
para o Japão 29%.
O superávit comercial dos 27 estados-membros teve redução de 42,6
bilhões de euros registrados até agosto do ano passado, para 26,1
bilhões de euros neste ano. EFE