Fed não descarta ampliar programa de compra de bônus

Publicado 06.12.2010, 12:41
Atualizado 06.12.2010, 13:14

Washington, 6 dez (EFE).- O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, deixou aberta a possibilidade de comprar mais que os US$ 600 bilhões em bônus que anunciou em novembro.

Em entrevista ao programa "60 Minutes" da CBS, Bernanke disse que era possível ampliar o programa, mas ressaltou que este hipotético cenário depende da eficácia do plano do Fed, da taxa de inflação e da situação da economia americana.

O principal responsável pelo Fed rebateu as críticas a seu plano, muitas procedentes da Europa, segundo as quais ele poderá desvalorizar o dólar e provocar inflação.

Bernanke assegurou que os Estados Unidos não estão "imprimindo dinheiro" e que a "provisão de dinheiro não mudará significativamente".

O "medo" em relação à inflação é "exagerado", declarou Bernanke.

"O que estamos fazendo é abaixar as taxas de juros ao comprar bônus do Tesouro e, ao abaixar as taxas de juros, esperamos estimular a economia", destacou ele, quem acrescentou que o "truque" está em encontrar "o momento apropriado para começar a retirar esta política".

A inflação anual continua moderada nos Estados Unidos, de cerca de 1,1%, abaixo do objetivo implícito de 2% estipulado pelo Fed.

O presidente do banco central se mostrou confiante de que alcançará seus objetivos e afirmou que o principal risco para a recuperação é a alta taxa de desemprego no país.

Bernanke afirmou que o mercado de trabalho deve demorar entre quatro e cinco anos para atingir novamente "níveis normais" de desemprego (cerca de 6%). Atualmente, a taxa é de 9,8%.

Segundo ele, desde que a recessão teve início em dezembro de 2007, os EUA perderam mais de 8 milhões de empregos e conseguiram recuperar apenas aproximadamente 1 milhão.

De acordo com o presidente do Fed, o risco de deflação está "bastante reduzido", já que o banco central americano decidiu atuar. Caso contrário, o perigo constituiria "uma preocupação mais séria", acrescentou.

Além disso, ele descartou uma nova recessão: "Não me parece provável". O mercado imobiliário já está débil e não pode piorar muito mais, mas a alta taxa de desemprego, "é a fonte de maior risco para outro arrefecimento".

Para Bernanke, os EUA precisam de um crescimento de 2,5% - que é a percentagem de crescimento atual - somente para manter a taxa de desemprego estável. EFE

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