Washington, 20 mai (EFE).- O Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou nesta sexta-feira uma linha de crédito de três anos no valor de 26 bilhões de euros a Portugal para respaldar o programa de ajuste fiscal e crescimento econômico do país.
Segundo comunicado do FMI, o pacote põe de forma imediata à disposição de Lisboa um total de 6,1 bilhões de euros, quase metade da ajuda total que o Fundo dará ao país neste ano, que será de 12,6 bilhões de euros. Esses empréstimos se somarão aos 25,2 bilhões de euros comprometidos pela União Europeia (UE) a Portugal em 2011.
O FMI indica que o pacote de financiamento conjunto com a UE chegará a 78 bilhões de euros no prazo de três anos e representa um "acesso excepcional" aos recursos do Fundo por parte de Portugal.
"O pacote de financiamento pretende permitir a Portugal ter um respiro dos mercados enquanto demonstra a implementação dos passos necessários para voltar a pôr sua economia no caminho correto", destaca o comunicado.
O diretor-gerente interino do Fundo, John Lipsky, ressaltou que as autoridades portuguesas elaboraram um programa "economicamente bem equilibrado" que prioriza, segundo ele, o crescimento econômico e a criação de empregos.
Segundo Lipsky, o programa busca combater o principal problema de Portugal, o da baixa taxa de crescimento, e inicia uma série de medidas para recuperar a competitividade mediante reformas estruturais.
"As autoridades deveriam de ser louvadas por este ambicioso programa que envolve sacrifícios que podem levar a uma economia mais forte e dinâmica capaz de gerar crescimento, empregos e oportunidades", disse o alto funcionário. Segundo ele, o pacote de ajuda do FMI e da UE ajudará a minimizar os custos sociais do ajuste.
O programa, destacou Lipsky, inclui também uma rede de proteção social, que garante a assistência aos mais vulneráveis. "A medida aprovada hoje pelo FMI contribuirá ao amplo esforço internacional para conseguir estabilizar a zona do euro e assegurar a recuperação na economia global". EFE