Washington, 17 abr (EFE).- A economia espanhola diminuirá em 2012 1,8%, um décimo a mais do que o previsto, mas voltará ao crescimento positivo em 2013, com 0,1%, o que representa uma melhora de quatro décimos, segundo o relatório "Perspectivas Econômicas Globais", divulgado nesta terça-feira pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Em suas previsões anteriores, em janeiro, o FMI havia indicado dois anos de recessão para a economia espanhola, com quedas do PIB de 1,7% em 2012 e de 0,3% em 2013.
Em relação ao desemprego, a Espanha seguirá com o maior índice da Europa, com uma taxa de 24,2% em 2012, que cairá para 23,9% em 2013.
Já a inflação na Espanha apresenta uma tendência de baixa e cairá de 3,1% em 2011, para 1,9% em 2012 e 1,6% em 2013.
O FMI também aponta a Espanha e a Itália como focos de instabilidade da dívida soberana na Europa, por isso recomenda que ambos os governos combinem ajuste fiscal com medidas de apoio ao crescimento.
No caso espanhol, a instituição frisa que "o novo objetivo do déficit tem como meta uma aguda consolidação e é adequado mas deveria ter acomodado mais profundamente o impacto das frágeis perspectivas econômicas".
As perspectivas para a Itália são piores, pois o país registrará recessão em 2012 (-1,9 %) e 2013 (-0,3%), embora os novos números melhorem ligeiramente as previsões de janeiro, de -2,2% e -0,6%, respectivamente.
Já a zona do euro terminará 2012 com uma recessão de 0,3% e crescerá em 2013 0,9%, números levemente acima das previsões apresentadas em janeiro, de queda de 0,5% este ano e expansão de 0,8% em 2013. EFE