Washington, 13 jan (EFE).- O Fundo Monetário Internacional (FMI) reforçou nesta sexta-feira a necessidade de um acordo entre os bancos privados e o Governo da Grécia sobre retirar 50% do valor dos bônus gregos "para assegurar a sustentabilidade de sua dívida", depois de terminada sem sucesso uma reunião-chave em Atenas.
"É importante que as negociações levem a um acordo do setor privado e que Atenas, junto com os esforços do setor oficial, assegure a sustentabilidade da dívida", indicou uma fonte do FMI em um breve comunicado.
A resposta do Fundo, que faz parte da chamada "troika" - junto com a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu - que respalda o pacote de ajuda financeira à Grécia, veio pouco depois que Atenas e os bancos privados anunciaram que não tinham chegado a um acordo e que retomariam às conversas na próxima quarta-feira.
"Desejando retomar as negociações entre a Grécia e seus credores", acrescentou o FMI.
O Instituto Internacional de Finanças (IIF), que reúne os bancos e seguradoras que possuem a maior parte da dívida grega, anunciou que não houve uma resposta satisfatória de todas as partes para fechar uma mudança de bônus, embora reconheça os esforços do Governo grego.
O perdão de uma parte da dívida grega é um dos pilares principais do segundo programa de resgate anunciado em outubro do ano passado por FMI e União Europeia (UE) no valor de 130 bilhões de euros.
A próxima reunião coincidirá com a chegada a Atenas dos inspetores do FMI e da UE, cuja missão será verificar se a Grécia está cumprindo com seus compromissos de redução dos gastos públicos, condição imposta para aplicar o plano de resgate. EFE