Rio de Janeiro, 31 dez (EFE).- A Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) anunciou que fechou contrato para vender ao Governo dos Estados Unidos 20 unidades de seu avião de treinamento militar Super Tucano pelo valor de US$ 355 milhões.
O mais moderno dos aviões militares da Embraer foi o vencedor de uma licitação aberta pela Força Aérea dos Estados Unidos para equipar seu programa de Apoio Aéreo Rápido (AS, na sigla em inglês), conforme comunicado divulgado sexta-feira à noite pelo construtor brasileiro.
Segundo a licitação, por meio de seu programa AS, os Estados Unidos pretendem habilitar uma frota versátil e resistente, com custo inferior aos caças atuais e capacidade para uma grande gama de armas e de operação em terrenos com infraestruturas precárias.
As aeronaves serão fabricadas na planta que a Embraer tem no estado americano da Flórida em associação com a companhia americana Sierra Nevada Corporation.
A Força Aérea dos Estados Unidos vai utilizar o Super Tucano para o treinamento avançado em voo de seus pilotos, assim como para operações de reconhecimento e operações de apoio aéreo.
Além da entrega dos aviões, o contrato prevê que a Embraer ofereça apoio terrestre para o treinamento dos pilotos, manutenção entre outros serviços.
Desde que lançou o modelo no mercado há sete anos, a Embraer produziu cerca de 150 unidades do modelo Super Tucano por encomenda das forças aéreas do Brasil, Colômbia, Chile, Equador, República Dominicana e Suriname.
A aeronave, um turboélice, é utilizada pelo Governo colombiano para combater grupos guerrilheiros.
O avião brasileiro derrotou na licitação o AT-6 da americana Hawker Beechcraft.
O Super Tucano, uma evolução do avião brasileiro de treinamento militar Tucano, foi projetado para operar em diferentes cenários de combate e conta com visão noturna, armamento inteligente e tecnologia de enlace de dados.
O avião consegue aterrissar em pistas pequenas e "conta com avançado e preciso sistema de navegação e de pontaria de armas que garante alta precisão nas missões, inclusive em condições extremas e sem apoio logístico".
"Estamos honrados com a oportunidade de oferecer ao Governo americano o melhor produto para a missão AS", afirmou o presidente da divisão de Embraer para Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, citado no comunicado. EFE