PARIS (Reuters) - François Fillon, candidato conservador à Presidência da França, envolvido num escândalo por conta de dinheiro pago a sua mulher, não conseguiria passar para o segundo turno das eleições, a ser realizado em maio, segundo mostrou uma pesquisa de opinião nesta sexta-feira.
Pelo levantamento realizado pelo Ifop Fiducial, o ex-primeiro-ministro de 62 anos caiu para o terceiro lugar, ficando atrás de Marine Le Pen, líder da extrema-direita, e do independente Emmanuel Macron na disputa pelo primeiro turno eleitoral de 23 de abril.
Macron derrotaria Marine Le Pen no segundo turno em 7 de maio, ficando com 63 por cento dos votos, segundo a pesquisa.
O levantamento confirmou a queda de Fillon, que foi considerado favorito por meses. No entanto, um escândalo estourou em 25 de janeiro, depois que um jornal informou que a mulher do candidato havia recebido grandes remunerações por trabalhos que ela pode não ter realizado.
A pesquisa mostrou que Marine Le Pen, líder da Frente Nacional, conseguiria 25 por cento dos votos no primeiro turno, e Macron teria 20,5 por cento. Fillon chegaria a 18,5 por cento.
Macron, que diz buscar transcender a divisão entre esquerda e direita com um programa de centro, venceria a líder da Frente Nacional no segundo turno por 63 por cento contra 37 por cento dos votos, de acordo com o levantamento.