Nova York, 6 abr (EFE).- A Argentina alcançou nesta quarta-feira novos acordos no valor de cerca de US$ 250 milhões com vários credores de títulos de sua dívida, que estão em moratória desde 2001, em Nova York, no caso que vem sendo conduzido pela Justiça dos Estados Unidos, anunciou o mediador judicial Daniel Pollack.
O princípio de acordo inclui os fundos Red Pines e Spinnaker, administrados respectivamente por Varde Partners e Spinnaker Capital.
O acordo estava condicionado à derrogação, já aprovada pelo Congresso argentino, da Lei Ferrolho, da Lei de Pagamento Soberano e à suspensão das medidas cautelares para o desbloqueio financeiro na Argentina, que já tinha sido ordenado pelo juiz Thomas Griesa há semanas, mas que ainda está pendente de recurso.
O desbloqueio ordenado por Griesa fez com que diversos credores, entre eles os dois que lideram o processo em Nova York, NML e Aurelius, apresentassem um recurso contra a decisão no Segundo Circuito de Apelações de Nova York.
Pollack lembrou que haverá uma nova audiência para esse recurso no próximo dia 13 de abril.
O juiz Griesa decidiu suspender no início de março, sob algumas condições, as medidas cautelares impostas dentro do litígio entre a Argentina e os fundos de investimento com dívida em moratória desde 2001.
O bloqueio financeiro que existia até agora impedia que o governo argentino pagasse 93% dos credores que aceitaram reestruturar sua dívida, com grandes cortes, nas negociações de 2005 e 2010.
A medida do juiz Griesa não era executável até que o parlamento argentino derrogasse a Lei Ferrolho e a Lei de Pagamento Soberano.
A primeira impedia o país de voltar a negociar com os credores e a melhorar a oferta realizada nas reestruturações de 2005 e 2010, enquanto a segunda deslocou de Nova York para Buenos Aires a sede dos pagamentos.