São Paulo, 4 nov (EFE).- O presidente do grupo Santander, Emilio Botín, afirmou nesta quinta-feira que o Brasil é o mercado "mais importante" na estratégia internacional da entidade e qualificou o sistema financeiro do país de "exemplar".
Botín disse que o Brasil é um país "sólido" e "estável", que deu uma "lição ao mundo na crise financeira". Ele antecipou que o grupo tem o objetivo de abrir 600 novos escritórios no país até 2013.
Ele antecipou que o banco investirá R$ 750 milhões na construção de um centro tecnológico (R$ 450 milhões) e outro administrativo (R$ 300 milhões) em Campinas, no interior de São Paulo.
"O Banco Santander gosta de aproveitar as oportunidades. Se há um país com oportunidades, esse é o Brasil", exclamou Botín.
Em sua opinião, "o Brasil é um país confiável" nos organismos internacionais, que dispõe de um marco institucional "sólido e moderno". Neste ponto, ele se mostrou convencido sobre a continuidade do bom desempenho macroeconômico registrado no país nos últimos anos.
Durante um evento em que se oficializou a unificação das marcas Santander e Banco Real, Botín elogiou a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para ele, Lula exerceu um "papel-chave" para o impulso do país.
Sobre a presidente eleita, Dilma Rousseff, Botín se mostrou certo de que o futuro Governo "recolherá a testemunha e continuará impulsionando o desenvolvimento sustentável".
Botín disse também que, em uma década, o Brasil se transformará na quinta potência econômica mundial.
Por sua vez, o presidente do Banco Santander no Brasil, Fábio C. Barbosa, destacou que o banco está começando a ver os lucros de um "processo bastante longo". Segundo ele, a aposta do grupo se baseia no "crescimento orgânico", mas sem descartar outras possibilidades que o mercado possa oferecer. EFE