Paris, 13 jan (EFE).- O ministro de Economia da França, François Baroin, confirmou nesta sexta-feira que a agência de classificação de risco Standard and Poor's (S&P) rebaixou a nota da economia do país para AA+, tirando-a da avaliação máxima.
Baroin disse que a França recebeu a comunicação da agência "da mesma forma que outros países europeus", mas não detalhou quais.
"Confirmo que a França recebeu, como a maioria dos países da zona do euro, uma modificação em sua nota, rebaixada em um ponto, da mesma agência que rebaixou os Estados Unidos e que nos alertou disso há um ano", afirmou o ministro à emissora pública "France 2".
Para Baroin se trata de uma decisão esperada e que "não é uma catástrofe", mas confessou que preferia não tê-la recebido.
A decisão da S&P "relembra ao Governo a necessidade de manter as reformas", frisou Baroin, que revelou que a agência pediu aos países que "estabilizem a zona do euro em sua governança".
O ministro da Economia usou o exemplo dos EUA, cuja dívida foi degradada em um nível no ano passado pela mesma agência. "É o paradoxo desta crise. A França nunca teve empréstimos tão baratos desde a criação do euro", considerou.
Baroin destacou que o Governo está no caminho correto e que "não são as agências de classificação que ditam a política da França", por isso salientou que "prosseguirão e amplificarão as reformas".
Neste sentido, assinalou que na próxima semana serão anunciadas novas medidas de apoio ao crescimento econômico e à competitividade, mas descartou um novo plano de austeridade porque, segundo disse, "o que havia para fazer nesse ponto já foi feito" nos dois programas anteriores apresentados por seu Governo.
O ministro também ressaltou o baixo impacto que a decisão da S&P teve nos mercados porque "anteciparam" a medida da agência.
As bolsas europeias fecharam com perdas moderadas perante os rumores que S&P se dispunha a rebaixar a qualificação de vários países da zona do euro, o que foi confirmado após o fechamento dos mercados. EFE