Por Jamie McGeever
LONDRES (Reuters) - Para os mercados globais, o foco principal da reunião do G7 no Japão nesta semana será quanta margem o país-sede terá para impulsionar o crescimento econômico e inflação, especificamente por meio da depreciação do iene.
A economia do Japão está sofrendo a pressão de uma moeda forte, que vem prejudicado o crescimento, intensificando a deflação, golpeando os preços das ações e levou o Banco do Japão, banco central do país, a adotar taxa de juros negativa em certos depósitos bancários.
Ainda que a economia tenha crescido ao ritmo mais rápido em um ano no primeiro trimestre, analistas disseram nesta quarta-feira que os dados não são fortes o suficiente para afastar as preocupações com uma contração neste trimestre.
Em suma, o programa econômico do primeiro-ministro, Shinzo Abe, continua em apuros. A questão é o que Abe pode fazer para restaurar as fortunas econômicas do Japão sem provocar a indignação de seus parceiros do G7, como seria o caso se intervisse diretamente para controlar uma moeda que já se valorizou 10 por cento este ano.
As variações do iene são um reflexo mais amplo da confiança do mercado ao redor do mundo. Um iene em alta prejudica a economia do Japão, mas também sinaliza cautela dos investidores e queda da confiança.