Washington, 5 nov (EFE).- O executivo-chefe da General Motors
(GM), Fritz Henderson, disse hoje que antes de apresentar o plano de
reestruturação de Opel aos Governos europeus irá compartilhá-lo com
seus trabalhadores e que está preparando um "equipe de transição"
para a reestruturação da filial.
Em declarações a meios de comunicação de Detroit, Henderson
disse: "em pouco tempo faremos apresentações aos respectivos
Governos" sobre o plano operacional.
Segundo Henderson, GM está no processo de nomear "uma equipe de
transição" que será encarregada de reestruturar a Opel, mas se negou
a falar do número de postos de trabalho que serão eliminados.
"Em termos de números de pessoas, basicamente vamos revisar com
nossa gente antes que fazê-lo com vocês", disse Henderson a
perguntas de um jornalista.
"Todos os planos, seja o nosso ou o de Magna, exigiam uma
substancial redução em capacidade e a necessidade de corrigir o
tamanho da força de trabalho", manifestou.
Mas o máximo diretor da GM se negou a responder quantas das
quatro plantas alemãs se salvarão.
Neste sentido, Henderson explicou que a atual liquidez na Europa
"é suficiente" para pagar o empréstimo que o Governo alemão outorgou
a Opel para operar enquanto se fechava a operação de venda à empresa
Magna.
Berlim solicitou a GM que devolva o empréstimo (de 1,5 bilhões de
euros) depois que o conselho de administração do fabricante
americano cancelasse na terça-feira a operação de venda.
Henderson também disse que o plano de reestruturação será
financiado "em parte por nós" graças à melhora de liquidez da
companhia, mas que GM também poderia enviar dinheiro desde Estados
Unidos.
"Temos a capacidade, se é necessário, de proporcionar apoio
diretamente. De novo, só se é necessário", acrescentou.
Henderson reconheceu que GM tem que reparar sua imagem com os
sindicatos europeus.
"Este foi um processo duro, longo e difícil. Em geral, 2009 foi
um ano que estarei contente que se acabe. Danificou relações e temos
que reparar. Essa é minha responsabilidade e a responsabilidade da
equipe de direção".
Henderson também sustentou que não ia reprovar ao Governo alemão
que se mostrou muito crítico com a decisão da GM de cancelar a venda
de Opel a Magna. EFE